Nasceu em Lisboa. Filho e irmão de quem?
O meu pai, o Germano, é estivador e a minha mãe, Isabel, trabalha nas limpezas. Tenho três irmãos. O João Paulo é o mais velho, mas é só da parte do meu pai. Foi esse que também me levou para o futebol, porque ele jogou. Depois tenho dois irmãos mais novos, o Tiago e o Marco do mesmo pai e mãe.
Cresceu em que zona?
Na Penha de França, Alto de São João.
Foi uma criança calma ou deu muitas dores de cabeça?
Sempre fui um puto calmo, fazia as minhas coisinhas, mas nada de especial. Lembro-me que uma vez estava com os meus colegas, naquela fase de experimentar, e por acaso eu não tinha fumado, mas foram dizer ao meu pai que eu tinha dado umas passas num cigarro. Ele foi à minha procura, assim que me viu pediu para cheirar a boca. Por acaso não cheirava, mas já estava a pensar que ia levar umas valentes palmadas [risos].
O que dizia querer ser quando crescesse?
Sempre disse que ia ser futebolista, o que era normal porque o meu brinquedo favorito era a bola.
Já nos disse que esse gosto pelo futebol veio do seu irmão mais velho, que jogou futebol. Só dele?
O meu pai também jogou futebol, mas sem ser federado. Era lateral. O meu irmão já era mais tecnicista, era extremo esquerdo, tinha qualidade, fez a formação no Benfica, esteve fora, no estrangeiro, julgo que chegou a jogar no V. Setúbal, mas andou mais nos campeonatos distritais. Onde esteve mais tempo foi no Operário de Lisboa, e foi onde eu também comecei a dar os primeiros passos no futebol.
Em casa torcia-se porque clube?
Era tudo do Benfica. Tudo ferrenho. Mas eram. Atenção. Eram. Após eu estar tanto tempo do Sporting, mudámos todos, de tal maneira que o meu pai, que era mesmo ferrenho do Benfica, hoje não pode ver o Benfica [risos].
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