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A casa às costas

“Gostei do Abel Ferreira como treinador, como pessoa não tanto. Comigo nunca deu a cara. Fui ao gabinete dele e nunca quis falar”

“Gostei do Abel Ferreira como treinador, como pessoa não tanto. Comigo nunca deu a cara. Fui ao gabinete dele e nunca quis falar”
Jose M. Alvarez/JARSportimages.com

Diogo Figueiras viveu os dias mais felizes da carreira em Sevilha, onde ainda vive, mas acabou por sair para o Olympiakos da Grécia, na ideia de jogar mais. Foi campeão e a meio da época seguinte rumou ao SC Braga, na esperança de “voar” para Inglaterra logo a seguir. Os planos saíram furados e acabou emprestado ao Rio Ave, antes de assinar pelo FC Famalicão, o último clube que representou, já lá vão duas épocas. Ainda sem plano B, diz que gostava de ficar ligado ao futebol, embora mantenha a esperança de voltar a jogar

Em 2016/17 assinou pelo Olympiacos, da Grécia. Queria sair do Sevilla ou foi empurrado?
Eu disse ao meu empresário que queria sair. O interesse do Olympiacos veio em março de 2016 e assinei logo, ou seja, mais de um mês antes da época terminar. Também assinei por quatro anos. Vi o Olympiacos como uma rampa para voltar a ser importante e dar o salto outra vez. Quando cheguei, apesar de ser um clube grande da Grécia, percebi que não era tão grande como um Sevilla ou como um Génova. Não tinha muito peso na Europa. Mas, na Grécia, era um clube enorme, como se fosse um Real Madrid, aqui na Espanha.

E o futebol grego, que tal?
Muito diferente de Espanha e de Portugal. Um nível muito mais baixo.

Isso facilitou-lhe a vida, ou não?
Não sei se facilitou porque não era uma liga muito competitiva, acho que me acomodei um bocado àquele nível de jogo e por isso acho que não ajudou.

Que memórias tem desse primeiro ano, em que foi campeão?
Fomos campeões com muitos pontos de avanço do segundo. Mas o que mais marcou foi despedirem o treinador por perder um jogo. Eles eram assim. Tive três ou quatro treinadores esse ano.

Dos quatro de qual gostou mais e com quem se entendeu melhor?
Do Paulo Bento. Entendíamo-nos muito bem. Gostei muito de trabalhar com ele. Tem aquele ar de zangado, mas não é nada assim, não sei se era porque estava no maior clube da Grécia... Apesar de ser um clube com muita pressão porque eles querem ganhar, sim ou sim, e se não ganham parece que vai acabar o mundo. Foi o que aconteceu ao Paulo. Tínhamos muitos pontos de avanço, ainda estávamos na Liga Europa, perdemos um jogo fora, com o PAOK, e no dia a seguir ele foi despedido, sem sentido.

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