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A casa às costas

“Portugal com Ronaldo é muito melhor. Também é certo que o papel dele tem de ser menor. Não tem de jogar todos os jogos, todos os minutos”

“Portugal com Ronaldo é muito melhor. Também é certo que o papel dele tem de ser menor. Não tem de jogar todos os jogos, todos os minutos”
D.R.

O venezuelano Andrés Rouga, de 42 anos, além de trabalhar como Personal Trainer e treinar miúdos, ainda pensa jogar mais uma época no futebol regional da Espanha pelo CD San Lorenzo, de Tenerife. Na segunda parte deste Casa às Costas, conta como têm sido os últimos anos da carreira, revela a mágoa que sente por ter deixado de ser convocado para a seleção após um voo de ligação, fala da personalidade de Sérgio Ramos e de Pepe, do sonho de ser treinador-adjunto de uma grande equipa na Europa e do ano em que viveu no Porto, quando trabalhou na Farfetch

No regresso a Chipre, em 2016/17, notou muita diferença para a primeira vez que lá esteve, em 2007?
Muita. Havia muito menos dinheiro no futebol. Também é certo que a II Liga não tem nada a ver com a I Liga, não é tão boa, há muita luta, muita correria, é muito físico. Os campos não são todos bons. Para quem já estava com 30 e muitos anos era ainda mais complicado. Mas não correu mal, fiz muitos amigos. O mais bonito dessa época é a minha relação de amizade com o José Embaló porque, sinceramente, o futebol passa para segundo plano a partir de determinada idade. O objetivo do clube foi alcançado, não descemos.

Só tinha assinado por um ano. Para onde foi depois?
Fui fazer os estudos para ser Personal Trainer (PT), que é o que faço hoje. Tive a oportunidade de ir para Miami com um amigo que jogou comigo na Venezuela para fazer toda essa formação. Naquela época pensei, vou deixar o futebol e preparar-me como PT. Estive em Miami com a família e cinco meses depois ligaram-me do ASIL, outra equipa da II liga do Chipre. Eu não queria ir.

O que o convenceu?
Eu não queria voltar, o dinheiro era bom, a cidade era Larnaca, onde estive da primeira vez, mas não estava com cabeça para jogar futebol. Deixei-me convencer e não correu bem, fiquei só seis meses, porque verdadeiramente eu não queria. Foi um erro que cometi. Quando tomamos a decisão de deixar o futebol, para quê voltar atrás? Fui sozinho, ainda por cima, a minha família estava a viver em Tenerife.

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