No regresso a Chipre, em 2016/17, notou muita diferença para a primeira vez que lá esteve, em 2007?
Muita. Havia muito menos dinheiro no futebol. Também é certo que a II Liga não tem nada a ver com a I Liga, não é tão boa, há muita luta, muita correria, é muito físico. Os campos não são todos bons. Para quem já estava com 30 e muitos anos era ainda mais complicado. Mas não correu mal, fiz muitos amigos. O mais bonito dessa época é a minha relação de amizade com o José Embaló porque, sinceramente, o futebol passa para segundo plano a partir de determinada idade. O objetivo do clube foi alcançado, não descemos.
Só tinha assinado por um ano. Para onde foi depois?
Fui fazer os estudos para ser Personal Trainer (PT), que é o que faço hoje. Tive a oportunidade de ir para Miami com um amigo que jogou comigo na Venezuela para fazer toda essa formação. Naquela época pensei, vou deixar o futebol e preparar-me como PT. Estive em Miami com a família e cinco meses depois ligaram-me do ASIL, outra equipa da II liga do Chipre. Eu não queria ir.
O que o convenceu?
Eu não queria voltar, o dinheiro era bom, a cidade era Larnaca, onde estive da primeira vez, mas não estava com cabeça para jogar futebol. Deixei-me convencer e não correu bem, fiquei só seis meses, porque verdadeiramente eu não queria. Foi um erro que cometi. Quando tomamos a decisão de deixar o futebol, para quê voltar atrás? Fui sozinho, ainda por cima, a minha família estava a viver em Tenerife.
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