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A casa às costas

“No Ajax, o Ten Hag disse que o Onana ia ser sempre o n.º 1, independentemente do que fizesse. Não achava que ele fosse melhor do que eu”

“No Ajax, o Ten Hag disse que o Onana ia ser sempre o n.º 1, independentemente do que fizesse. Não achava que ele fosse melhor do que eu”
RUI DUARTE SILVA

O guarda-redes Bruno Varela vai na 5.ª época ao serviço do Vitória, agradece a Rui Borges o tempo que passou em Guimarães e assume que o maior objetivo é conquistar um troféu com o clube. Além dos anos no clube e da sua massa associativa, fala-nos também da época e meia no Ajax, onde esteve emprestado pelo Benfica e conquistou um campeonato e uma Supertaça, apesar de ter jogado pouco. Explica o porquê de só agora ter aceitado representar a seleção de Cabo Verde, revela algumas características suas enquanto guarda-redes e aborda vários aspetos da posição mais solitária do futebol

Que tal a chegada a Amesterdão para jogar no Ajax?
Foi muito bom. Já era mais crescido, não estranhei tanto.

Como era o seu inglês?
Era de um nível baixo. Antes de ir tive uma conversa pelo telemóvel com o treinador Erik ten Hag e o inglês dele também não era bom. Estivemos meia-hora a falar e foi uma guerra porque eu não percebia o que ele dizia, ele não percebia o que eu dizia e estava difícil desenvolver [risos]. Ele foi super tranquilo. A equipa estava a ter uma época incrível, foi aquele Ajax que chegou à meia-final da Liga dos Campeões. Curiosamente tinha jogado contra eles no Benfica, na fase de grupos; quer dizer, estive no banco nesse jogo, não joguei. Foi engraçado chegar e ver uma equipa a ter uma performance tão grande na Europa, mas a ser muito simples. O que eles tinham de craques tinham de simplicidade e isso foi o que mais me surpreendeu. A estrutura do clube era muito boa, as condições também e acima de tudo o grupo era incrível. O segredo era mesmo o grupo.

O ambiente no balneário era muito diferente do que havia experimentado em Portugal?
Sempre tive bons ambientes em Portugal e no Ajax também havia bom ambiente. Os holandeses são um bocadinho mais frios, mas interativos. Dava-me mais com os argentinos, com o David Neres e o Onana, que fala espanhol. Mas os holandeses sempre me trataram muito bem. Gostava que todos os jogadores que fossem para o estrangeiro fossem tratados como eu fui em Amesterdão, tanto no clube como na cidade.

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