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A casa às costas

“No Atlético de Madrid senti o peso dos egos. Havia jogadores, o Torres ou o Gabi, que não davam azo a que perguntasse sequer como estavam”

“No Atlético de Madrid senti o peso dos egos. Havia jogadores, o Torres ou o Gabi, que não davam azo a que perguntasse sequer como estavam”
FERNANDO VELUDO / NFACTOS

André Moreira, 29 anos, nunca pensou fazer do futebol a sua vida profissional, mas assim que aprendeu a jogar à bola escolheu a baliza. Aos 18 anos, assinou contrato com o Atlético de Madrid, quatro meses após deixar o curso superior de Enfermagem para defender as redes da equipa principal do GD Ribeirão. O guarda-redes que joga na Arábia Saudita conta como tudo começou e fala dos empréstimos ao Moreirense, União da Madeira e Belenenses, antes de ser chamado por Simeone

Nasceu em Famalicão e cresceu em Ribeirão. É filho e irmão de quem?
A minha mãe é licenciada em Relações Públicas Internacionais e o meu pai não tem licenciatura, nem sequer acabou a escola, mas trabalhava na empresa têxtil da família, onde a minha mãe mais tarde acabou por trabalhar também, como tesoureira. Sou filho único.

Em criança, deu muitas dores de cabeça aos seus pais?
Era muito irrequieto e ativo, nunca fazia as coisas à primeira, mas sempre fui educado e uma pessoa respeitadora. Só que gostava de testar os limites, principalmente quando a minha mãe mandava-me fazer alguma coisa e eu estava a brincar ou a jogar futebol com os meus amigos. Demorava, dificilmente fazia à primeira.

O que queria ser quando crescesse?
Sempre quis ser médico, nunca disse que queria ser jogador ou tive esse objetivo.

Gostava da escola?
Nem por isso. Sinceramente, estudar foi sempre difícil para mim, mas felizmente conseguia entender bem as matérias à primeira, o que me permitiu ter boas notas ao longo de todo o meu processo escolar.

Estudou até que ano?
Entrei no curso de enfermagem, na Escola Superior de Enfermagem do Porto, mas só fiz o primeiro semestre. Tive de deixar porque comecei a jogar profissionalmente na equipa da minha terra, o Ribeirão. Como no segundo semestre começámos a ter aulas práticas obrigatórias, na primeira semana do segundo semestre já estava reprovado a 60% das cadeiras, devido aos treinos.

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