Exclusivo

A casa às costas

“No Bahia senti hostilidade. Houve ameaças físicas, esperas nos aeroportos, o Instagram da minha filha cheio de ameaças e insultos”

“No Bahia senti hostilidade. Houve ameaças físicas, esperas nos aeroportos, o Instagram da minha filha cheio de ameaças e insultos”
D.R.

Há mais de um mês sem clube, Renato Paiva, que vive no Rio de Janeiro, confessa estar a custar-lhe bastante não estar no ativo. Diz-se viciado no treino, até mais do que nos jogos. Nesta II parte da entrevista percorre as suas passagens pelo futebol do Equador, Brasil e México, revela razões de saídas, explica alguns maus resultados, confessa o seu amor por gatos, fala da veia da escrita (que diz ser hereditária) e conta como conseguiu que dois jogadores que não se falavam fizessem as pazes. Ainda aborda temas como Renato Sanches e Martín Anselmi

Faz a época 2019/20 à frente da equipa B do Benfica, mas não termina a seguinte, sai em dezembro de 2020. O que aconteceu?
O Independiente del Valle contactou-me. Estava lá o Ricardo Pereira, treinador de guarda-redes, que tinha trabalhado comigo na formação no Benfica e como eles ficaram sem treinador, ele perguntou-me se eu estava interessado no projeto, que era top, tinha uma grande base da formação, etc. Pensei, é agora mesmo. É aquele feeling. É o projeto que preciso para dar o próximo passo, sem ser brusco. Equador, um campeonato não muito exigente comparativamente a outros, uma base da formação importante, vamos embora.

Teve a liberdade de escolher a sua equipa técnica?
Sim. Escolhi a minha equipa técnica. Tive dois meses de entrevistas com o Independiente, falei com toda a gente, menos com o homem que corta a relva; toda a gente me entrevistou, um processo fantástico. Havia três treinadores para escolherem. Ao fim de dois meses escolheram-me. Já lá estava o Ricardo como treinador de guarda-redes e eu levei outros elementos.

Já tinha definido essa equipa técnica?
Já. O adjunto, o Luís Martins, já tinha feito sub-17, sub-19 e equipa B comigo. O analista, o David Pereira, tinha sido seis anos analista do Jorge Jesus e dois do Rui Vitória nos seniores, queria um desafio diferente, foi comigo. E o Ricardo Dionísio era o preparador físico do Peseiro, que também aceitou.

A nível financeiro foi um grande salto?
Não foi um salto gigante, mas fui ganhar três vezes mais do que ganhava no Benfica.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: AAbreu@expresso.impresa.pt