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Análise

Tiki-taka à moda de Conceição

Tiki-taka à moda de Conceição

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

Tomás da Cunha analisa o impacto inicial do treinador português no AC Milan e o estilo contrastante entre Conceição e o antecessor, Paulo Fonseca

O impacto inicial de Sérgio Conceição no AC Milan não podia ser mais forte, mas já se percebeu que o caminho nem sempre será fácil. Venceu, com reviravolta, os dois principais rivais para levantar a Supertaça italiana. Na apresentação, de rosto fechado, garantiu que não se preocupava em fazer amigos e lembrou a simplicidade como entende o jogo. “Metê-la lá dentro” é a estética do novo técnico rossonero, que contrasta com o estilo mais elaborado de Paulo Fonseca. A diferença entre ambos vai para lá do campo, estende-se ao balneário. Para já, a injecção de competitividade e de proximidade com as estrelas dá-lhe créditos reforçados.

Fez parte da Lazio campeã, jogou num Parma recheado de craques (Sacchi como treinador) e experimentou o lado azul de Milão. Sempre se percebeu que o calcio estava reservado para continuar a carreira, fosse em que momento fosse. Apesar das propostas que lhe surgiram após deixar o FC Porto, esperou para agarrar um colosso e provar-se num patamar de topo. Nos últimos anos, e mesmo faltando o talento das décadas de 80 e 90, a Serie A tornou-se um laboratório de riqueza táctica. Pelo que mostrou nos jogos grandes do futebol português e em diversas eliminatórias europeias, aguarda-se com natural expectativa o desenvolvimento de Conceição e o embate contra Gasperini ou Inzaghi, entre outros.

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