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Análise

Janeiro quente – o que mexeu em Portugal

Janeiro quente – o que mexeu em Portugal

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

Cheio de rumores, novelas e diz que disse, o mercado de transferências parece um reality show e os adeptos, quando nada veem a acontecer no seu clube, pensam que não se está trabalhar. Na verdade, “não fazer nada” pode ser um ponto forte, explica Tomás da Cunha, ao analisar as principais mexidas que se viram em Portugal

O mercado de transferências vive em modo reality show, com novelas e atualizações ao minuto. Quando nada acontece, o adepto pensa que o clube não trabalha. Na verdade, “não fazer nada” pode ser um ponto forte, sobretudo quando o planeamento contraria o imediatismo. Portugal não fugiu à agitação dos últimos dias da janela invernal. Porto e Braga perderam os principais jogadores da temporada, desde logo. Em Lisboa, Sporting e Benfica reforçaram-se nas posições mais carenciadas dos respetivos elencos.

Apesar da partida de Hugo Viana, os leões mantiveram a política desportiva focada no bicampeonato e não houve saídas de elementos da espinha dorsal. O timing de venda de Marcus Edwards, que já não contava para o treinador, acabou por transformar um negócio de Premier League numa venda menos favorável. Para o ataque, e pensando na profundidade do plantel, Biel dá opções como agitador. Deixa certas dúvidas em relação à adaptação ao futebol europeu, sobretudo pelo perfil físico, mas é um extremo dotado tecnicamente e criador de ocasiões. Está capacitado para jogar por dentro, partindo da esquerda, como sombra de Pedro Gonçalves. Face aos sucessivos erros dos guarda-redes, a contratação de Rui Silva garante a estabilidade que faltou ultimamente. Falhando as aquisições de Alberto Costa ou Andrés Garcia, o lado direito da defesa fica curto em argumentos ofensivos, embora Fresneda possa disfarçar limitações com a presença interior.

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