Portugal vai jogar no Europeu de andebol a sexta grande prova seguida. O segredo pode estar no “muito amor” que há na seleção

Editor
Esta colheita geracional de gente que faz vida de bola na mão e dentro de pavilhões tem partilhado, nos últimos anos, uma montanha-russa de emoções. Em 2020, alcançou o 6.º lugar num Europeu, a melhor classificação de sempre e escancarou os portões de entrada para um ciclo que agora lhes dará a sexta participação seguida em grandes competições. O andebol português está vivinho da Silva. Desde a euforia do golo a seis segundos do final do capitão Rui Silva que levou Portugal aos Jogos Olímpicos à traumática morte de Alfredo Quintana, o guarda-redes que era uma muralha, há um grupo de jogadores cheio de estórias recentes no conta-quilómetros que tem alimentado a seleção nacional.
Não é então de estranhar que Paulo Jorge Pereira, o homem que tem ido à boleia deles ou ele próprio agarra o volante, será sempre uma mistura de ambas, começa por falar mais em intangíveis do que em coisas concretas de andebol para abordar mais um Campeonato da Europa. Será o terceiro torneio do continente para o selecionador. “Para nós, enquanto grupo, para sermos melhor a cada ano que passe, há muitas coisas por fazer. Ao nível da auto-liderança, por exemplo, cada um de nós tem de trabalhar muito”, diz, naturalmente. O treinador vinca a relevância de “encontrar aquilo que cada um tem de melhor” e “colocá-lo ao serviço do grupo” para “as relações saírem fortalecidas”. Quer que todos, ele incluído, sejam “mais compreensivos uns com os outros”.
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