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Pedro Portela, o decano da seleção e o melhor jogador na vitória com a Noruega: “Ficou claro que podemos bater-nos contra qualquer equipa”

Pedro Portela, o decano da seleção e o melhor jogador na vitória com a Noruega: “Ficou claro que podemos bater-nos contra qualquer equipa”
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Com 34 anos, Pedro Portela está no grupo dos mais velhos da seleção nacional de andebol, que na quarta-feira bateu a Noruega no Europeu que se está a jogar na Alemanha. Em conversa com a Tribuna Expresso, fala desse papel de jogador mais experiente, do sonho olímpico e do que vem aí para Portugal na main round do Campeonato da Europa

Numa seleção cheia de juventude, Pedro Portela é uma espécie de decano. Apesar do ar eternamente jovem, é aos 34 anos o mais veterano da seleção nacional que está no Europeu da Alemanha, estatuto que partilha com António Areia e Gilberto Duarte. Frente à Noruega, no jogo de estreia da main round que resultou numa vitória retumbante de Portugal, foi considerado o melhor em campo, com oito golos e uma eficácia de 100%, a voar desde o cantinho do campo.

Seguem-se agora jogos com a Eslovénia (já esta sexta-feira, às 14h30, RTP2) e depois Suécia e Países Baixos. Vencer os balcânicos, que Portela diz terem um jogo semelhante ao português, pode ser um passo essencial para a seleção nacional voltar ao torneio pré-olímpico, uma das portas de entrada numa possível segunda participação nos Jogos Olímpicos, depois de Tóquio 2020.

Frente à Noruega chegaste ao golo número 450 pela seleção. Ainda te lembras do primeiro?
Não me recordo... Não sei se não marquei no meu primeiro jogo, lembro-me que o meu primeiro jogo pela seleção foi em Leiria.

Na tua terra, ainda por cima.
Exatamente! Não sei se marquei nesse jogo. Já agora deixe-me só perguntar aqui.

[Pergunta a alguém do outro lado: "Olha, sabes quando é que foi o meu primeiro golo pela seleção?]

Desculpe lá, deixe-me aqui ver. Eu acho que o meu primeiro jogo foi contra Angola. Vamos cá ver... Angola, exatamente. Particular com Angola, um golo, a 28 de dezembro de 2011.

Já lá vão uns anos. Passaste por várias fases da nossa seleção: o pré-2020 em que durante anos não fomos a competições e agora esta equipa que tem somado presenças em Europeus, Mundiais, Jogos Olímpicos e com resultados históricos. Que diferenças vês entre estas gerações?
Acho que todas as gerações tiveram as suas ambições e deram tudo para conseguir estar numa competição, para tentar qualificar Portugal. Mas a partir do momento em que entrou esta geração começámos a acreditar mais. Houve muitos jogadores que também foram para fora, os clubes começaram a ter experiência em competições europeias. Tudo isso junta-se a uma mentalidade de que também temos qualidade. Isso fez com que mudasse o chip a partir da qualificação para o Euro 2020.

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