Jogadores, equipa técnica, staff, todos de cócoras a batucarem no chão. Salvador Salvador (ou Salvador²), em honra da braçadeira, foi o primeiro a desencolher-se e a saltar. Seguiram-no os adeptos e o resto dos seus compinchas. O Pavilhão João Rocha inundou-se com a música cantada em uníssono.
Esta não é cerimónia que se faça sem razão. O motivo da festa: uma vitória por 39-30 contra o Veszprém. Para contexto, o treinador do Sporting, Ricardo Costa, colocou os húngaros entre o top-2 de candidatos a vencer a Liga dos Campeões esta época, ao lado do Barcelona. Também o responsável por ter resineiros de verde e branco a praticarem andebol de elite seguiu na toada de celebração, o que não se refletiu no discurso. “Pés bem assentes na terra, não ganhámos nada.”
O Sporting regressou à Liga dos Campeões, pela primeira vez em quase cinco anos, com um plantel que tinha dado boa conta de si na Liga Europeia (uma espécie de segunda divisão), mas com pouca experiência no nível mais alto. A tarimba parece ter-se tornado fator pouco relevante. Nos primeiros três jogos do grupo A, os leões conseguiram três vitórias. Depois de ganhar aos polacos do Wisla Plock (34-29) e aos dinamarqueses do Fredericia (19-37), o triunfo contra o Veszprém colou o Sporting ao quadro das certezas.
Xavi Pascual, o espanhol que lidera os campeões magiares, assumiu que os leões “até mereciam ganhar por uma diferença maior”. O Veszprém já esteve quatro vezes na final da Liga dos Campeões e antes da deslocação ao Pavilhão João Rocha ganhou por 13 golos ao Paris Saint-Germain, outra potência do andebol mundial.
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