MP admite que investigação de ataque a Alcochete “está incompleta”

Os advogados da maioria dos arguidos já foram notificados da acusação que atribui a 40 suspeitos a autoria moral e material do ataque à Academia de Alcochete. Bruno de Carvalho, ex-presidente do clube, está acusado de terrorismo e mais 98 crimes, que incluem sequestro e detenção de arma proibida. A acusação é igual para os outros dois alegados autores morais: Nuno Mendes "Mustafá, "líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, oficial de ligação entre adeptos e o clube.
A procuradora Cândida Vilar, que teve de fazer um contrarrelógio para acabar a acusação antes que se cumprissem seis meses desde que os primeiros 23 suspeitos foram detidos, admite que a "investigação não está totalmente concluída" e que não foi possível, por exemplo, ter acesso ao conteúdo das escutas a André Geraldes que está a ser investigado pela PJ no processo Cashball por suspeitas de corrupção. Cândida Vilar diz que apesar de ter pedido "a PJ não transmitiu qualquer informação sobre o conteúdo dos telefonemas e mensagens".
Bruno Jacinto declarou ao juiz que tiinha avisado André Geraldes da iminência do ataque, mas o MP não conseguiu confirmar esta informação já que Bruno Jacinto "não quis" esclarecer que tipo de informações deu e a PJ não tem software que permita ter acesso a mensagens apagadas no Whatsapp. André Geraldes viu as suspeitas contra ele serem arquivadas.
[notícia retificada às 13h47]
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: RGustavo@expresso.impresa.pt