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A mulher que queria ser “a mais rápida do planeta em quatro rodas” morreu no acidente em que tentava tornar-se isso mesmo

A mulher que queria ser “a mais rápida do planeta em quatro rodas” morreu no acidente em que tentava tornar-se isso mesmo
Frederick M. Brown/Getty

Jessi Combs tinha 39 anos e toda a sua vida esteve ligada a desportos de alta velocidade. Começou por construir carros e passou depois para os conduzir. Morreu a tentar quebrar o recorde de velocidade feminina num carro a jato

Jessi Combs, apresentadora de 39 anos da série de televisão All Girls Garage e condutora de carros com motores a jato, morreu precisamente enquanto procurava quebrar o recorde de velocidade num desses veículos. Combs era conhecida como a “mais rápida mulher em quatro rodas” e, quando aconteceu, escreve o Deutsch Welle, estava a tentar quebrar o recorde dos 823 km/h, estabelecido por Kitty O'Neil em 1976.

O acidente aconteceu no deserto de Alvord, no estado do Oregon, mas não se sabem ainda detalhes sobre o que terá levado ao acidente.

“O maior sonho da Jessi era tornar-se a mulher mais rápida do planeta, um sonho que perseguia desde 2012. Ela era uma daquelas pessoas com a rara coragem de sonhar e tornar esse sonhos em realidade e deixou este planeta enquanto conduzia a uma velocidade superior à que qualquer outra mulher alguma vez conduziu”, disse a família de Comb num comunicado citado pelo “The Guardian”, apesar de não ser ainda possível saber se Combs quebrou ou não o recorde.

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Terry Madden, membro da equipa de Combs, disse que a piloto era dona de “um espírito extraordinário” e lamentou a sua perda para um “tenebroso acidente”. Madden foi o primeiro a chegar ao local do acidente e disse, numa publicação no Instagram onde também se vê um pequeno vídeo de Combs dentro de um carro a jato, há cerca de um ano, noutra corrida.

Durante as semanas que antecederam a tentativa de quebrar este record, Combs foi colocando algumas fotografias nas redes sociais. A última mostra-a de costas, mesmo à dos propulsores do carro. “Pode ser um pouco insano caminhar mesmo na linha do fogo mas só aqueles que estão dispostos a isso conseguem os grandes feitos. As pessoas dizem que sou um pouco doida, eu digo obrigada”, escreveu.

Jessi Combs, na sua página pessoal, diz que o seu desejo de aventura nasceu do facto de ter sido criada por uma família de “exploradores”, que andavam sempre por “percursos fora das estradas normais” e também por culpa da sua avó, uma aventureira em nome próprio, pianista de jazz itinerante nos anos 30.

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