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Rui Pinto paralisou os servidores do Sporting durante três dias

Rui Pinto paralisou os servidores do Sporting durante três dias

O alegado hacker, em 2015, entrou nos servidores leoninos à busca de informações relacionadas com contratos e comissões. Mas também congelou os servidores do SCP utilizando ferramentas específicas

Hugo Franco, Pedro Candeias e Rui Gustavo

No dia 21 de setembro de 2015, o Sporting recebeu o Nacional a uma hora pouco recomendável para uma segunda-feira de trabalho: às nove da noite, horário que persiste, praticamente quatro anos depois, na Liga Portuguesa. Sobre o jogo, os de Alvalade treinados então por Jorge Jesus bateram o Nacional da Madeira do sempre-presente Manuel Machado por 1-0, golo de Montero, que entrara para o lugar de Téo Gutiérrez. À 5.ª jornada o Sporting, que fora contratar Jorge Jesus nas barbas, digamos, nos bigodes de Luís Filipe Vieira ao Benfica, estava na liderança.

No dia seguinte, 22 de setembro, terça-feira, Rui Pinto encetou uma série de ataques aos servidores do clube leonino - a três tempos. Entre as "18h55 e as 19h30", as "20h58 e as 21h09" e as "21h36" e as "22h53", o alegado hacker e mentor dos "Football Leaks" protagonizou uma Blitzkrieg informática que consistiu "num elevado fluxo de comunicações e de pedidos de processamento de informações com intervalos de segundos". Consequência prática: o correio eletrónico do SCP ficou parado durante três dias. Ou seja, todos os funcionários e colaboradores do clube deixaram de ter acesso ao seu e-mail durante 72 horas.

Contexto: o Sporting Clube de Portugal foi um dos alvos de Rui Pinto e do "Football Leaks", página que expôs na internet vários contratos de jogadores, de intermediação de jogadores e também o salário de Jorge Jesus. Ao todo. Pinto terá entrado em 20 contas diferentes de e-mails do Sporting, de Bruno de Carvalho, presidente, a José Laranjeira, scout, e terá tentado aceder às mesmas em 147 ocasiões.

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