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Operação Fora de Jogo: 300 inspetores, militares e procuradores e 76 buscas

Buscas a clubes de futebol, advogados e agentes em todo o país. Em causa estão alegados crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. FC Porto, Benfica e Sporting foram alvo desta operação da AT e do MP

Operação Fora de Jogo: 300 inspetores, militares e procuradores e 76 buscas

Hugo Franco

Jornalista

Operação Fora de Jogo: 300 inspetores, militares e procuradores e 76 buscas

Miguel Prado

Jornalista

A Procuradoria-Geral da República e a Autoridade Tributária informaram esta quarta-feira que estão em curso 76 buscas, domiciliárias e também em diversos clubes de futebol, respetivas sociedades e dirigentes, escritórios de advogados e agentes intermediários. Trata-se da Operação Fora de Jogo. Refira-se que destas buscas, há 40 mandados de busca domiciliária e cinco mandados a escritório de advogados.

No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, realizados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido "atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações".

A revista Sábado avançou esta manhã que a operação envolve clubes como o Benfica, FC Porto, Sporting, Sp. Braga, Vitória de Guimarães, Marítimo, Estoril Praia, Portimonense. As buscas visam também escritórios de Carlos Osório de Castro, advogado de Cristiano Ronaldo, e Jorge Mendes, patrão da Gestifute. As casas de Luís Filipe Vieira, Jorge Nuno Pinto da Costa, Frederico Varandas e António Salvador e de vários futebolistas também estão na mira.

Em causa estão alegados crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

"Estas diligências realizam-se em todo o país e estão a ser efetuadas por 9 magistrados do Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), 7 magistrados judiciais, 101 inspetores Tributários e 181 militares da Unidade da Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana (GNR). A Polícia de Segurança Pública presta também a sua colaboração", referem os comunicado da PGR e da AT.

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: HFranco@expresso.impresa.pt