Ministério Público suspende cinco processos a Rui Pinto após cooperação em casos relacionados com futebol

A suspensão provisória acontece depois do antigo hacker ter ajudado as autoridades
A suspensão provisória acontece depois do antigo hacker ter ajudado as autoridades
Tribuna Expresso
Cinco processos imputados a Rui Pinto foram suspensos na semana passada pelo juiz Carlos Alexandre, após proposta do Ministério Público, dá conta o “Observador”, esta sexta-feira. De acordo com a publicação, esta suspensão acontece depois de o alegado hacker ter ajudado as autoridades em investigações relacionadas com o mundo do futebol.
Segundo o “Observador”, para que, em 2022, as cinco investigações em causa - relacionadas com o acesso a sistemas informáticos da Presidência do Conselho de Ministros, do Ministério da Justiça e também à rede do Benfica e do FC Porto - sejam encerradas oficialmente, Rui Pinto tem de se manter em colaboração com as autoridades em inquéritos abertos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), incluindo os que estão relacionados com crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais relacionados com o mundo do futebol.
A falta de antecedentes criminais, o arrependimento de Rui Pinto e ainda o facto de a invasão nos sistemas não ter resultado em acesso a informação relevante, levou a que o Ministério Público apresentasse a proposta de suspensão. Por outro lado, o alegado hacker, escreve ainda a mesma publicação, teve de deixar expresso que concordava com as condições e que manteria a colaboração, não voltaria a praticar os mesmos crimes e que não iria partilhar as passwords das redes informáticas que invadiu.
O Expresso já tinha noticiado que o procurador-geral adjunto Albano Pinto, diretor do DCIAP, tinha elogiado a “colaboração efetiva do arguido Rui Pinto” e a sua “disponibilidade total e espontânea para o apuramento da verdade.”
O autor de Football Leaks (e uma das fontes de Luanda Leaks) está em prisão domiciliária, vigiado pela Polícia Judiciária,
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