Desportos náuticos, eventos e estágios internacionais apontados como estratégicos no plano de recuperação económica 2020-2030

Jornalista
O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) vê como “muito positivo” que o desporto tenha sido reconhecido no plano do conselheiro António Costa Silva como um dos potenciais motores de recuperação económica do país para a próxima década. Depois da ausência no documento inicial do plano produzido a pedido do Governo, a inclusão do Desporto é louvada por José Manuel Constantino, por representar “o reconhecimento da importância estratégica de um sector que pode acrescentar valor a Portugal, do ponto de vista social e económico”.
A inclusão do desporto na versão final da 'Visão Estratégica para o Plano de Recuperação de Portugal 2020-2030' sucedeu depois de o líder do COP (e outras entidades) ter “chamado a atenção” para esta lacuna, na fase da análise dos contributos no âmbito da consulta pública do documento. Para José Manuel Constantino, foi importante o Governo ter percebido que o desporto tem capacidade para poder ajudar “a economia portuguesa” e entender que as “políticas que promovam o incremento da prática desportiva terão consequências na qualidade de vida dos cidadãos, quer ao nível da prevenção e tratamento das doenças crónicas não transmissíveis e da incapacidade funcional, contribuindo fortemente para a redução dos pesados encargos públicos com o Serviço Nacional de Saúde”.
O programa de apoio, divulgado esta terça-feira por António Costa Silva e pelo primeiro-ministro para o sector, vai incidir na “reabilitação de instalações desportivas de base local”, concluindo-se que deve ser feita a “promoção da marca Portugal no Desporto, enquanto destino privilegiado para turismo desportivo, com enfoque nos desportos náuticos”.
A promoção da “realização de estágios desportivos, potenciando a utilização dos centros nacionais de alto rendimento por atletas de equipas nacionais e internacionais e a promoção e apoio à realização de eventos desportivos internacionais de pequena e média dimensão são outros contributos incluídos no documento, caracterizados como “bastante pertinentes e consentâneos com a abordagem integrada das diferentes componentes do Eixo”, composto por cultura, serviços, comércio e turismo.
José Manuel Constantino adiantou ao Expresso que as áreas-chave indicadas pelo Governo são coincidentes com algumas das metas defendidas pelo COP no período de discussão pública. Embora tenham sido excluídas outras propostas válidas, o presidente do COP considera que neste momento de crise é preciso “enfatizar o lado positivo das escolhas feitas, em vez de lamentar o que ficou de fora”.
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