As autoridades argentinas fizeram esta manhã de domingo, buscas em casa e no consultório de Leopoldo Luque, o jovem médico de 39 anos que começou há dois anos a tratar Diego Maradona, o ex-jogador de futebol de 60 anos que faleceu esta quarta-feira em Tigre, na Argentina.
De acordo com a imprensa argentina, a polícia procura supostas irregularidades de Luque, que decidiu a última cirurgia ao cérebro ao craque argentino. O médico foi já indiciado por homicídio, por suspeita de negligência médica na morte do craque. E já negou que tenha cometido qualquer crime. "Não houve erro médico de nada", defendeu-se.
A última foto publicada de Maradona, que está abraçado a Luque, foi partilhada pelo próprio médico, dez dias antes da morte do ex-atleta. O médico viria a tirar os pontos da operação dois dias depois da publicação da imagem nas redes sociais, a 16 de novembro. O médico foi questionado por ter dado alta hospitalar antecipada, para que Maradona continuasse o tratamento em casa.
De acordo com a revista brasileira "Veja", a família suspeita de que Maradona não obteve alta médica quando foi transferido de uma clínica, após ser operado de tumor na cabeça, para a casa onde morreu, em Tigre, a 30 km da capital argentina.
O "El País" avança que uma das enfermeiras de Maradona declarou à Justiça que o último encontro entre Maradona e Luque terminou com uma forte discussão e um empurrão do ex-jogador de futebol ao médico, embora esta testemunha tenha relativizado o caso já que eram comuns os episódios mais ou menos violentos entre o craque e os enfermeiros e médicos que o assistiam.
Desde essa altura, o médico terá deixado de acompanhar o antigo futebolista de forma próxima, limitando-se a prescrever o tratamento por telefone ao pessoal de enfermagem. Os jornais revelam também que Maradona caiu em sua casa há poucos dias e terá batido com a cabeça no chão.
Estes desenvolvimentos do caso devem-se sobretudo aos depoimentos de Dalma, Giannina e Jana, filhas de Diego Maradona.
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