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Rui Pinto abriu o dique e deu acesso a mais de 20 terabytes de informação a procuradores franceses, belgas e alemães

Rui Pinto abriu o dique e deu acesso a mais de 20 terabytes de informação a procuradores franceses, belgas e alemães
FERENC ISZA/AFP

Autoridades de diversos países e a Eurojust, a agência europeia de cooperação judiciária, têm agora cópias desencriptadas de todo o material que foi apreendido ao whistleblower português quando ele foi detido há cinco anos na Hungria

Rui Pinto abriu o dique e deu acesso a mais de 20 terabytes de informação a procuradores franceses, belgas e alemães

Micael Pereira

Jornalista

O conteúdo de todos os discos externos que o Ministério Público português confiscou a Rui Pinto, depois de ele ter sido preso em Budapeste, na Hungria, em janeiro de 2019, estão agora também disponíveis para pesquisas e análises por procuradores em França, na Bélgica e na Alemanha.

O whistleblower português conhecido pelas revelações do Football Leaks e do Luanda Leaks foi esta semana a Paris para reunir com procuradores franceses, belgas e alemães, numa iniciativa coordenada entre o Ministério Público francês e a Eurojust, a Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal.

Num encontro que decorreu terça e quarta-feira nas instalações do Gabinete Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais (OCLCIFF) da Polícia Judiciária, em Nanterre, nos arredores de Paris, Rui Pinto visitou o departamento de informática, sentou-se em frente a seis computadores e introduziu a palavra-chave que desencriptou todo o acervo contido nos discos externos que tinham sido apreendidos em sua casa na Hungria, quando foi detido no âmbito de um processo-crime em Portugal pelo qual era procurado, por suspeitas de crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência e acesso ilegítimo, na sequência de uma queixa apresentada por um empresário de futebol, Nélio Lucas — e pelo qual foi condenado, em setembro de 2023, a uma pena suspensa de quatro anos de prisão.

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