De intenções estavam as 185 páginas do Programa do Governo cheias, incluindo as meras quatro dedicadas ao Desporto. Em abril de 2024, aquando da tomada de posse, o executivo liderado por Luís Montenegro propagou os seus objetivos para as várias áreas, trilhando uma espécie de mapa do que pretendia seguir. No quintal desportivo, o núcleo do que se propunha fazer assentava numa ideia: a criação de um Plano Estratégico com o intuito de suprir a “ausência de política pública para o desporto” e o país ficar com uma estrela polar que norteasse a atuação no setor. Quase um ano volvido, nada se conhece sobre essa pretendida trave-mestra para o Desporto nacional.
O Governo previa “concluir” o documento “até dezembro” do ano passado, vontade assumida pelo próprio Pedro Dias, secretário de Estado com a incumbência desportiva, à Tribuna Expresso. Nesse mesmo mês, contudo, o seu gabinete admitia que o plano estava atrasado. “Teve várias metas já alcançadas, mas, de facto, não está concluído. Encontra-se em fase de contratualização”, revelou, indicando que apresentariam “o cronograma atualizado até final do mês de janeiro”. Acabou por ser outra intenção manifestada e não cumprida.
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