FPF marca reunião de urgência após “gravíssimas insinuações” de Fernando Gomes sobre Pedro Proença
ANTÓNIO COTRIM
Após o líder do COP ter desmentido o presidente da federação de futebol, acusando-o ainda de "destruição" do seu trabalho, a entidade liderada por Pedro Proença agendou um encontro para "análise e avaliação" das consequências das palavras de Fernando Gomes
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) marcou para segunda-feira uma reunião de urgência, face ao que considera serem “gravíssimas insinuações” do anterior presidente e atual líder do comité olímpico (COP), Fernando Gomes, anunciou o organismo.
“Na sequência das gravíssimas insinuações, agora tornadas públicas, do Presidente do Comité Olímpico de Portugal acerca da FPF, em carta enviada aos representantes máximos da UEFA e aos presidentes das 55 Federações que compõem o organismo que tutela o Futebol Europeu, a Federação Portuguesa de Futebol informa que agendou para as 09:30 horas desta segunda-feira uma reunião de urgência da Direção”, refere o comunicado da FPF.
De acordo com a nota, a reunião servirá para analisar e avaliar as “consequências das insinuações” de Fernando Gomes, “num momento que antecede as eleições para o Comité Executivo da UEFA”, marcadas para 3 de abril e que a FPF considera “importantíssimas para o futebol português, tendo em conta os desafios que se avizinham”, como a organização do Mundial 2030 e a candidatura à organização do Europeu feminino de 2029.
“Foi a maior das surpresas tomar conhecimento de uma carta enviada pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, na qual o meu nome é mencionado sem consentimento prévio ou mesmo informação”, pode ler-se na missiva de Fernando Gomes, que liderou a FPF durante 13 anos e foi eleito para o Comité Olímpico a 19 de março.
Na mesma carta, o antecessor de Pedro Proença confessou não partilhar “uma visão comum para o futebol e o desporto” com o atual presidente da FPF.
“Pedro Proença escolheu o caminho da destruição do legado que eu e a minha equipa construímos ao longo de 13 anos, através de decisões e insinuações públicas que visam atacar o nosso bom nome e que, como se verá, são completamente infundadas”, refere o documento. Proença, eleito a 14 de fevereiro, anunciou que, na sequência das buscas da operação Mais Valia, irá alargar ao mandato 2026-20, o segundo de Fernando Gomes, uma auditoria já em curso para o período entre 2020 e 2024.