Automobilismo

Na Guarda, este ano, nem falta um carro de ralis “à séria”

O Ford Cosworth de Rui Madeira e Nuno Rodrigues dos Santos será uma das atrações no Rali Bridgestone First Stop
O Ford Cosworth de Rui Madeira e Nuno Rodrigues dos Santos será uma das atrações no Rali Bridgestone First Stop

A 21ª edição do Rali Bridgestone First Stop decorre este fim de semana na Guarda. Como sempre, a prova promete mais reinação do que motores a roncar, embora este ano por lá circule um carro que até já andou pelo antigo Mundial de Produção e cujos pilotos trouxeram o título para Portugal

Todos os anos, mais ou menos por esta altura, a Guarda vive um fim de semana diferente. É a altura dos profissionais do mundo automóvel (representantes das marcas, pilotos e ex-pilotos, jornalistas, organizadores) e convidados do Clube Escape Livre percorrerem o concelho num evento turístico-desportivo com tradição que remonta a 1988.

O evento tem um nome – Rali Bridgestone First Stop – que apela ao espírito competitivo, mas de rali propriamente dito, valha a verdade, tem pouco: as máquinas são, regra geral, as do dia a dia, sem configurações aerodinâmicas e muito menos o roncar típico das bombas que arrastam milhares de fãs por todo o mundo.

Este ano, contudo, a prova idealizada e organizada por Luís Celínio, reserva uma surpresa e não faltará sequer um carro de competição “à séria” entre os cerca de 40 inscritos: o Ford Sierra Cosworth com que Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva ganharam, há já uns anitos, o título de campeões mundiais de Produção.

A viatura tem estado e continuará até à noite desta sexta-feira exposta no Centro Comercial La Vie, na Guarda, e no sábado de manhã junta-se aos demais participantes.

Será na manhã de domingo (entre as 10h30 e as 12h, junto ao mercado municipal da cidade), durante a prova de maneabilidade que habitualmente determina a classificação final, que o Cosworth pilotado por Madeira poderá mostrar o que vale e lutar pelo triunfo.

Antes disso, porém, no sábado o rali irá viver o seu dia mais intenso e aprazível e que, por tradição, é o mais desejado pelos "pilotos. Porquê?, perguntará o leitor.

A resposta é simples: de manhã, mete passeio (por estradas e paisagens do concelho, este ano com visitas aos Montes do Jarmelo e a Casal de Cinza); depois do almoço. mete as comemorações do 4.º aniversário da Cápsula do Tempo Guarda 2050 (e nomeadamente a conferência “Como serão os vinhos em 2050? – os vinhos de guarda da Guarda”, a cargo de António Mendes Nunes, jornalista e crítico de vinhos); e logo depois mete piscina, para gáudio de grandes e pequenos, sobretudo num fim de semana que se adivinha muito quente para os lados da serra da Estrela.

Em, entremeado com tudo isto, o rali mete, sobretudo, muita animação e convívio, obviamente alargados à prova de maneabilidade de domingo, onde a perícia de alguns e a boa disposição de grande parte dos participantes prometem uma manhã de muita reinação, que há de terminar, como é da praxe, com o banho de campanhe junto ao pódio.

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