A primeira experiência de Diogo Brito quando chegou aos Estados Unidos não foi o cúmulo da megalomania. “Mountain Mission era uma escola privada cristã e eu não tinha muito... foi difícil de me adaptar nesse aspeto, havia muitas regras.” O propósito que o empurrou para tão longe, da Póvoa de Varzim até ao estado da Virgínia, foi o basquetebol e esse intento foi sendo satisfeito. “Lembro-me de jogar contra o Shai Gilgeous-Alexander. Não digo que não dava nada por ele, mas não imaginava que agora ia ser candidato a MVP da NBA. Foi um bom jogo da minha parte, mas perdemos por bastantes pontos até.”
Ninguém atravessa o Atlântico sem uma firme convicção do que vai fazer à outra margem. Era 2015 quando um Diogo Brito a entrar na maioridade viajou para o país que mais talentos choca. Dez anos depois, está um jogador feito e capaz de dizer que já cumpriu um “objetivo de carreira”, algo que “qualquer um deseja poder viver pelo menos uma vez” - a qualificação para um EuroBasket.
Arena Riga, Letónia, 21 de fevereiro de 2025. Portugal preparava-se para ser recebido na casa emprestada de Israel. Quando já estava mesmo à porta, Diogo Brito ouviu a buzina do jogo que decorria naquele mesmo pavilhão. Vitória da Eslovénia contra a Ucrânia qualificou a seleção nacional, 14 anos depois, para o EuroBasket. Mesmo que estivessem na iminência de o fazer, os jogadores portugueses nem precisaram de entrar em campo para cumprirem o objetivo.
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