A Tribuna Expresso sabe que a Polícia Judiciária está a efetuar buscas no Estádio da Luz no âmbito do caso dos e-mails. As mesmas terão começado, segundo fonte oficial da PJ, na manhã desta quinta-feira, horas depois da derrota caseira do Benfica contra o Manchester United na véspera.
O caso dos e-mails começou quando o Porto Canal passou a revelar o conteúdo de correio eletrónico dos encarnados os quais, segundo os responsáveis do FC Porto, configuravam tráfico de influências junto da arbitragem. De acordo com o FCP, as trocas de bilhetes entre elementos da FPF e do Benfica, relatórios de arbtragem, comunicações entre Paulo Gonçaves e responsáveis pela classificação dos árbitros, fazem parte do rol de indícios de alegada corrupção desportiva. A PGR confirmou a ocorrência num comunicado aqui em baixo:
“Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa torna público o seguinte:
No âmbito de um inquérito da 9ª secção do DIAP de Lisboa foram emitidos mandados de busca domiciliária e não domiciliária, relativos a investigação em curso pelos crimes de corrupção passiva e activa.
No inquérito investiga-se a prática, por parte de um suspeito, dos referidos crimes, relacionados com os denominados emails do Benfica.
A operação encontra-se em curso, contando com a presença de 4 magistrados do Ministério Público, 2 Juízes de instrução e 28 elementos da PJ, incluindo Inspectores e Peritos financeiros e contabilísticos e informáticos”.
Num primeiro momento, o Benfica negou oficialmente a presença de inspetores da PJ na Luz. Depois, confirmaram: “Chegaram há cinco minutos aqui”. Espera-se que o clube faça uma comunicação em breve.
Segundo a “Sábado” as casas de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, e de Pedro Guerra, comentador televisivo afeto ao clube, também estarão a ser alvo de buscas.
O Benfica pediu ao Tribunal Cível do Porto que interpusesse uma providência cautelar para impedir o Porto Canal de continuar a revelar os e-mails, mas a mesma foi indeferida porque, considerou o juíz, isto não entra “no instituto da concorrência desleal”.
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