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Roger Schmidt: “Perder Gonçalo Ramos dois dias antes da Supertaça é uma pena”

Roger Schmidt: “Perder Gonçalo Ramos dois dias antes da Supertaça é uma pena”
Gualter Fatia/Getty

Treinador do Benfica lamentou a saída de um jogador que, nas suas palavras, era “de topo em termos táticos” mas sublinha que há soluções no plantel para o encontro de quarta-feira frente ao FC Porto (20h45, RTP1)

Expresso

Equipa preparada?

“Sim, temos de estar preparados. A pré-temporada chegou ao fim, os jogadores trabalharam a fundo e agora a temporada começa com a oportunidade de ganhar um troféu e vamos fazer o possível para ganhar este troféu. Sabemos que é muito difícil jogar contra o FC Porto, são uma boa equipa mas vamos tentar em campo mostrar o que trabalhámos na pré-temporada”

Musa titular?

“Hoje depois do treino vou pensar no onze para amanhã. Ainda não está decidido. Perdemos o Gonçalo [Ramos]. É uma grande perda, fez uma grande temporada, marcou muitos golos, mas especialmente em termos táticos era um jogador de topo e por isso houve tanto interesse nele. Perdê-lo dois ou três dias antes da Supertaça é uma pena. Por um lado estamos tristes, por outro é um bom sinal que o Benfica é capaz de desenvolver jovens jogadores em jogadores de topo e o Gonçalo é um grande exemplo disso. Mas temos opções na nossa equipa para o substituir e todos os jogadores estão em grande forma a treinar. Agora temos de encontrar o melhor equilíbrio para amanhã e bons jogadores também no banco, porque no início da época nem todos os jogadores estão a 100%. O Petar [Musa] mostrou-se muito na última temporada, saindo principalmente do banco, mas marcou golos, trabalhou muito e é uma opção para amanhã”

Tentou manter Ramos para a Supertaça?

“Não, a situação era muito clara. Estavam a negociar a transferência e se o jogador também quer sair há que aceitar e focarmo-nos nos jogadores que temos. Não fazia sentido. Acredito nos meus jogadores e penso que não é bom jogar com alguém que sabe que vai sair”

É o passo certo na carreira de Ramos?

“Disse [no final da época passada] que podia ficar mais um ano para evoluir mais e confirmar o momento, mas é o futebol. Quando há interesse e de um clube como o PSG, com muito dinheiro, o momento é esse. É parte do negócio do futebol e eu aceito isso. Quando se é treinador do Benfica sabe-se que há muitos talentos na academia e que em algum ponto temos de os deixar sair. Se tivesse saído não teria sido um erro, mas temos de aceitar”

O que espera do árbitro?

“O que espero sempre: é um grande jogo e num jogo grande mostra-se qualidade. Para os jogadores e para os árbitros. São sempre jogos complicados para os árbitros. Já mostrou que é um bom árbitro e as duas equipas também são responsáveis por o jogo ser um jogo justo”

Quem está melhor: Benfica ou FC Porto?

“Difícil. As duas equipas mostraram grande futebol na época passada, também no futebol internacional. Neste momento? Como posso saber? Só jogaram encontros de preparação, tal como nós. Vamos ver amanhã quem é, neste momento, a equipa mais forte mas nem sempre a equipa mais forte ganha os jogos. A sorte também faz parte do futebol, as decisões dos árbitros, a eficácia a marcar golos, pequenos detalhes. E quem for melhor nos pequenos detalhes ganhará”

Onze possível

“Faço as minhas reflexões sobre o jogo de amanhã mas o primeiro é encontrar a melhor abordagem tática e depois fazer as escolhas finais. Precisamos de um bom equilíbrio. Perdendo um jogador-chave como o Gonçalo [Ramos] há que pensar como o substituir. Tenho uma ideia na minha cabeça, hoje temos mais um treino e tudo pode acontecer, mas tento sempre ser muito aberto nas minhas decisões. Não tenho de anunciar o onze hoje. Tantas vezes que mudamos de ideias sobre os titulares e por isso é que digo que não tenho o onze a 100% ainda decidido”

Como está o português?

“Ainda não está bom o suficiente para falar com vocês, seguramente. Ainda estou a trabalhar nisso [risos]”

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