Com 343 jogos realizados pelas águias, o lateral-esquerdo foi titular nas duas finais que deram os títulos continentais ao clube. Oito vezes campeão nacional, esteve presente nos convocados para o Mundial 1966
Jornalista
Fernando da Conceição Cruz, célebre no futebol somente como Cruz, morreu aos 85 anos, vítima de doença prolongada. Figura do Benfica bicampeão europeu, o clube da Luz, em comunicado, lamentou "profundamente o desaparecimento de um dos mais lendários jogadores da história" dos encarnados.
Natural de Cabanas de Viriato, chegou muito jovem à formação das águias. Estreou-se pela equipa principal em 1959/60, mesmo antes da era de ouro do Benfica, na qual teve papel de destaque.
Entre 1959/60 e 1969/70, o lateral-esquerdo realizou 343 jogos pelo Benfica, apontando somente um golo. O auge da carreira deu-se em 1960/61 e 1961/62, ajudando os lisboetas a conquistarem a Taça dos Clubes Campeões Europeus em duas temporadas consecutivas.
Na primeira dessas façanhas, Cruz disputou nove encontros, enquanto na segunda somou sete desafios. Em ambas as finais — a de 1961 diante do Barcelona, a de 1962 contra o Real Madrid —, o defesa foi titular.
Sempre muito utilizado ao longo da fantástica década de 1960 do Benfica, Cruz ganhou a I Liga oito vezes. Conquistou, ainda, a Taça de Portugal em três ocasiões. Convocado para o Mundial 1966, não somou qualquer minuto na caminhada dos 'magriços' até ao terceiro lugar em Inglaterra.
Em 1970, ainda emigraria para França, onde integrou o primeiro plantel da história do Paris Saint-Germain, clube fundado naquele ano.
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