Ciclismo

Isolou-se, subiu, venceu e chorou. Barbio cumpriu o sonho de ganhar uma etapa na Volta

O ciclista António Barbio, da Efapel, foi o vencedor da 7a etapa da 79a Volta a Portugal em bicicleta
O ciclista António Barbio, da Efapel, foi o vencedor da 7a etapa da 79a Volta a Portugal em bicicleta
NUNO VEIGA/LUSA

António Barbio, da Efapel, venceu este sábado a sétima etapa da Volta a Portugal, com chegada na Senhora da Assunção, em Santo Tirso. Raul Alárcon, da W52-FC Porto, conserva a camisola amarela

António Barbio. 23 anos. Natural de Sobral de Monte Agraço. E, a partir deste sábado, mais uma linha no currículo: vencedor de uma etapa da Volta a Portugal em bicicleta. "Para qual ciclista português é que não é [um sonho ganhar uma etapa na Volta a Portugal]?”, afirmou o jovem ciclista da Efapel no final da etapa de 169 km.

A primeira vitória de Barbio foi também a primeira da Efapel nesta edição da Volta. “Trabalhámos todo o dia para isto. Aliás, não houve uma única etapa em que não nos tenhamos esforçado para vencer", assumiu o ciclista, que chorou assim que cortou a meta, instalada no Santuário da Senhora da Assunção, em Santo Tirso.

O pior do dia estava mesmo reservado para o fim, com os últimos quilómetros a representarem a subida ao Monte Cordóva. Mas a fuga daqueles que tinham em mente tentar a vitória na prova começou bem cedo. Catorze aventureiros, entre os quais estavam Barbio, Rui Sousa (RP-Boavista), o camisola da montanha João Matias (LA Alumínios-Metalusa-Blackjack) e Ricardo Mestre (W52-FC Porto), apressaram-se a deixar o pelotão, ao quilómetro sete.

A cerca de 40 km da chegada, o grupo fraturou-se. Após sucessivos ataques vindos de trás, Mestre, Sousa e Oscar Rodríguez (Euskadi-Murías) perderam o contacto com os seus companheiros de fuga. E, a cerca de 16 quilómetros da meta, Barbio terá pensado para si que aquele iria ser o seu dia. Atacou, isolou-se dos restantes elementos, e, à entrada para os mais de 6 quilómetros de subida ao ponto mais alto de Santo Tiro, ia já com mais de 3 minutos de vantagem, enquanto lá atrás a sua equipa tentava abrandar o ritmo no pelotão. Perdeu tempo, mas acabaria mesmo por cortar a meta isolado. Gustavo Veloso (W52-FC Porto) e Vicente Garcia de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) chegaram em segundo e terceiro, respetivamente, a 1.07 segundos do vencedor.

Concluída a sétima tirada, Raul Alarcón mantém os 24 segundos de vantagem sobre Nocentini, com García de Mateos a ser agora terceiro, a 30 segundos. Amaro Antunes (W52-FC Porto) perdeu quatro segundos e caiu para quinto na geral, a 34 segundos do seu companheiro.

Este domingo cumpre-se a oitava etapa, com a ligação entre Gondomar e Oliveira de Azeméis a fazer-se ao longo de 159,8 quilómetros.

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: jsduarte@expresso.impresa.pt.