Habituemo-nos: ainda há cerca de dois meses falávamos de João Almeida como um dos potenciais candidatos ao Giro e agora um dos nomes que mais se foi repetindo nas vésperas do início da Volta a França — que arranca hoje, em Copenhaga, capital da Dinamarca — foi o de outro português, Rúben Guerreiro. A miudagem que vai saindo do país para correr as estradas da Europa em duas rodas já não o faz apenas para ser bom colega, para ajudar os líderes. Fá-lo também para ser protagonista.
O ciclista, de 27 anos, que vai na terceira temporada na EF Education-EasyPost, fez parte da história daquela Volta a Itália mágica para Portugal, em 2020. João Almeida andou 15 dias de rosa, é certo, mas os feitos de Guerreiro não foram menos impressionantes: ganhou uma etapa e tornou-se no primeiro português a vencer uma camisola no final de uma grande volta, a de rei da montanha. E é montanha acima onde provavelmente mais vamos ver o “Cowboy de Pegões”, como é conhecido, durante o Tour. Para alguma imprensa especializada, Guerreiro é um dos mais fortes candidatos à icónica camisola das bolinhas vermelhas, que distingue o homem que mais pontos vai recolhendo quando o asfalto empina na Volta a França. O 9º lugar no Dauphiné, a prova que tantas vezes nos diz quem vai estar em forma no Tour, e, sobretudo, a vitória no Mont Ventoux Dénivelé Challenge, onde o português foi o primeiro a cruzar a meta, dão força a esta expectativa, apesar de o objetivo do jovem ser outro. Pelo menos numa primeira fase.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: lpgomes@expresso.impresa.pt