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Nasceu “uma aldeia” no meio de Lisboa onde até fado se ouve - e antes de poder ser vista na estrada, foi lá que a magia da Vuelta aconteceu

Nasceu “uma aldeia” no meio de Lisboa onde até fado se ouve - e antes de poder ser vista na estrada, foi lá que a magia da Vuelta aconteceu
Tim de Waele
No parque técnico da Vuelta, há um pouco de tudo: equipas estrangeiras a ouvirem fado e a comerem pastéis de Belém, bicicletas tratadas como peças de museu e muito entusiasmo em torno de João Almeida. A primeira etapa da competição espanhola realizou-se e a Tribuna Expresso foi conhecer os bastidores de uma das maiores provas do ciclismo mundial

Por um dia, nasceu um bairro no meio da Avenida da Índia. Não se pode dizer que o trânsito tenha parado. A agitação, no entanto, transfigurou-se. A caravana da Vuelta não é propriamente o desenfreado movimento de carros a que habitualmente a artéria lisboeta empresta o seu asfalto. Mas a microssociedade que se cria no local também é um remoinho, neste caso, de bicicletas, ciclistas e staff.

No parque técnico da Vuelta, o espetáculo que ali se alinha está programado para ter o seu ponto alto no momento da corrida. Desde o seu início, o décimo sétimo dia de agosto na capital portuguesa é condescendente com a presença do sol. Cirandar pela zona onde a última grande volta da temporada velocipédica começou é lutar contra a luz vibrante e o calor escaldante. Tentar construir trincheiras contra essa adversidade é tarefa difícil, mas torna-se na luta comum das equipas com objetivos diferentes na estrada.

A Movistar é o conjunto que se posiciona no ponto mais próximo do local de onde partiu o contrarrelógio que Brandon McNulty venceu. Até bem para lá do Museu Nacional dos Coches, estão montadas as sedes temporárias das restantes 21 equipas. Mais ou menos a meio-caminho está acampada a Visma-Lease a Bike, que em 2023 venceu as três grandes voltas do calendário com três corredores diferentes.

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