Ainda antes de Bruno de Carvalho se ter tornado o vulcão do Facebook, Daniel Oliveira explica um encontro com o presidente do Sporting no qual descobriu um homem provido de particular “inteligência social”. Agora, perante o “desequilíbrio emocional crescente” de Bruno de Carvalho, Daniel Oliveira diz que chegou a hora de lhe mostrar gratidão mas também de preparar a despedida. E esta crónica começa com uma pergunta: “Como é que o que parece tão aberrante a tanta gente, pela sua falta de educação evidente, conquista cerca de 90% dos votos?”
Sporting: continuidade na sanidade
Há uma coisa que aqueles que, sendo de outros clubes ou apenas adeptos nunca perceberam sobre a história recente do Sporting: como conquistou Bruno de Carvalho um tão amplo apoio dos sócios? Porque é que pessoas sérias e não fanatizadas, onde me julgo incluir e seguramente estão homens como Daniel Sampaio ou Eduardo Barroso, estiveram desde a primeira hora ao lado de um homem tão destemperado nas suas intervenções públicas? E como o que parece tão aberrante a tanta gente, pela sua falta de educação evidente, conquista cerca de 90% dos votos?
A conclusão imediata de muitos é a mais fácil: as pessoas ficam cegas e alienadas com a paixão do futebol e perdem todos os seus crivos morais. Não negando que isso tem uma parte de verdade, não é, neste caso, o mais relevante. Bruno de Carvalho conquistou tanto apoio por causa do que existiu antes dele e que por causa do que surgiu depois dele. A esmagadora maioria dos sócios que conheço e que vota Bruno de Carvalho não vota nele por causa da sua postura pública, vota nele apesar da sua postura pública. A frase que mais ouvi na fila para as últimas eleições foi esta: “se falasse menos...”
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