Ainda bem que o Real Madrid empatou em casa contra o Villarreal e a imprensa madridista lançou as primeiras críticas a Carlo Ancelotti porque, se assim não fosse, este artigo soaria demasiado oportunista, uma colagem interesseira às vitórias do treinador italiano para o elogiar. Assim, depois de um empate que veio arrefecer o entusiasmo que a época catastrófica do Barcelona (apesar do entusiasmo pelo regresso de Ansu Fati, o novo Messias de Camp Nou) e a época medíocre do Atlético tinham acendido, empate que até poderia ter sido uma derrota, sinto-me mais à vontade para dizer que o meu treinador preferido é Carlo Ancelotti.
Não tem sobre a cabeça a auréola do génio tático, as suas equipas não jogam naquele ritmo heavy metal das equipas de Klopp (cada golo do Liverpool dá vontade de subir a um palco e escangalhar uma guitarra e mostrar o dedo do meio ao público), não é um especialista da blitzkrieg como o seu compatriota Antonio Conte, falta-lhe o nervo de saqueador de Simeone e, como não é jovem nem germânico, ninguém pode reclamar para si a descoberta de uma estrela em ascensão com o cérebro a explodir de inovações metodológicas.
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