Exclusivo

Crónica

Xabi Alonso contra a lenda “Neverkusen”

Xabi Alonso contra a lenda “Neverkusen”
Dean Mouhtaropoulos/Getty

Chegou ao Bayer Leverkusen no início da época passada, com a equipa em penúltimo da Bundesliga. Acabou no 6.º lugar. Esta temporada e um ano depois de chegar, Xabi Alonso lidera a liga alemã com os farmacêuticos que jogam para mandar com uma equipa camaleónica e imprevisível. Tomás da Cunha analisa (e elogia) o projeto que, pelo futebol jogado, aponta ao título germânico

Xabi Alonso contra a lenda “Neverkusen”

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

Já ganhou a Taça UEFA, em 87/88. Levantou a Taça da Alemanha, na década de 90. Mas o rótulo de eterno “vice” (aconteceu em cinco ocasiões diferentes) perpetua-se. Entre 1997 e 2002, o Bayer Leverkusen terminou quatro vezes no segundo lugar da Bundesliga, com diversos internacionais germânicos (Ballack à cabeça) e referências estrangeiras, como Lúcio, Zé Roberto e Berbatov. A maior tragédia deu-se na época 99/2000, quando os farmacêuticos lideravam a liga à entrada para a última ronda. “Só” tinham de empatar no terreno do modesto Unterhaching, mas a derrota por 2-0 entregou o título ao Bayern… pela diferença de golos. O vólei de Zidane, em Glasgow, impediu a conquista da Champions. Há um homem a querer destruir a lenda do “Neverkusen”.

Xabi Alonso sucedeu a Gerardo Seoane, logo no arranque da última época (outubro de 2022). Anteriormente, tinha recusado propostas aliciantes, como a do Borussia Mönchengladbach, por não se sentir preparado e querer ajudar a Sanse, equipa secundária da “sua” Real Sociedad. O salto para um patamar elevado era inevitável. Terminou em sexto lugar e levou o clube até às meias-finais da Liga Europa, jogando com um bloco médio e tentando explorar espaços com Frimpong e Moussa Diaby, que se transferiu para o Aston Villa. Mais do que uma equipa dominadora, esperava a oportunidade para lançar o contra-ataque letal. Isso mudou para 23/24.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt