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Crónica

A Arábia Saudita merece uma oportunidade. Mas sob diferentes condições políticas: a cultura do futebol é de dignidade humana

A Arábia Saudita merece uma oportunidade. Mas sob diferentes condições políticas: a cultura do futebol é de dignidade humana

Philipp Lahm

Antigo campeão do Mundo de futebol

Philipp Lahm, antigo internacional alemão e diretor do Euro 2024, fala sobre as tentativas de implementação de uma cultura futebolística na Arábia Saudita ou China por oposição à Europa ou Estados Unidos, onde o crescimento foi e é mais orgânico

A Arábia Saudita é rica em dinheiro e ambições. O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman diz que, daqui a dez anos, o seu país será a nova Europa em termos culturais. O futebol é uma parte importante da sua estratégia. Quer competir com a Liga dos Campeões, por isso está a investir fortemente em jogadores que se tornaram estrelas na Europa. Ronaldo, Neymar e Benzema jogam agora por salários astronómicos na Arábia Saudita. Alguns outros, que já passaram dos 30, seguir-se-ão.

Parece já ter sido decidido que o Campeonato do Mundo de 2034 será realizado na Arábia Saudita. Embora o processo ainda não esteja concluído, Gianni Infantino praticamente já anunciou a decisão na sua página de Instagram. O novo principal patrocinador da FIFA vem da Arábia Saudita, o que parece sugerir que a organização dá especial atenção ao dinheiro quando chega a hora de decidir onde se realizam os campeonatos. É preciso ter condições para pagar projetos dessa envergadura. Diz-se que o Catar gastou mais de €200 mil milhões no Campeonato do Mundo de 2022. Dificilmente esse valor será mais baixo daqui a 11 anos, especialmente porque irão participar 48 países em vez de 32.

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