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Crónica

Di María: decidir para amanhã

Di María: decidir para amanhã

Tomás da Cunha

Analista e comentador de futebol

Os craques sabem melhor do que ninguém quando começam a perder capacidades e lutam contra o próprio corpo, contra a própria cabeça. É isso que faz Di María. Sendo o jogador que é hoje, com a idade que tem, assume todas as jogadas do Benfica, arriscando muito na procura do último passe ou do remate ganhador. A história não se reescreve, mas o planeamento do Benfica saiu altamente condicionado pela gestão do argentino

Ao que tudo indica, o dérbi entre Benfica e Sporting terá sido a despedida de Di María dos jogos na Luz. Chegou como um talento promissor, mas de afirmação demorada. Voou pelos principais palcos do futebol europeu, foi o fiel escudeiro de Messi nos maiores êxitos da seleção argentina e construiu o rótulo de jogador de finais. Não se apaga, por certo. Pela dimensão da carreira, escolher o regresso às águias para uma das últimas etapas pode ser visto como um privilégio para o clube e para a nossa liga. Mas também explica a política imediatista em que o emblema encarnado vai vivendo.

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