Há quanto tempo está no FC Vizela?
Terceira época. Quando cheguei a equipa estava no Campeonato de Portugal (III Divisão). E foi sempre a subir.
Aconteceu ou o compromisso era a subida às competições profissionais?
Foi um encontro de perfis muito idênticos. Eu sou muito ambicioso e o clube também tinha o projeto de subida. Quando nos sentámos para conversar houve logo uma empatia muito grande. Como treinador precisava de um desafio destes, de um clube cuja meta fosse crescer desportivamente, mas também a nível de estrutura. Em dois anos, o Vizela conseguiu uma dupla subida, passando dos campeonatos amadores aos profissionais. É um clube com o qual me identifiquei logo. O que me sensibilizou foi terem dito claramente o que pretendiam: chegar à I Liga, mas sem estipular um prazo. O importante era começar a criar alicerces fortes época a época.
A prioridade da época passada era a promoção à I Liga?
Não, embora no fundo fosse esse desafio. Sabíamos que da forma como o clube estava a crescer e transitando com a base da equipa anterior, as coisas podiam acontecer. À II Liga subimos de divisão na secretaria, devido à interrupção do campeonato por causa da pandemia. O critério foi a subida dos dois melhores classificados e o Vizela ia em primeiro. Era o critério mais justo. O Vizela tinha o melhor score entre golos marcados e sofridos e já tínhamos jogado com todas as equipas que lutavam pela promoção. Não foi como queríamos, com festa no final da temporada no Jamor, mas foi merecido.
Já na chegada à I Liga houve festa em Vizela, após uma temporada inteira a jogar sem público.
A possível, face às restrições. A equipa e a cidade mereciam festejar, que aqui a população é completamente apaixonada por futebol. Vive intensamente a vida do clube
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