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Entrevista com Toni Nadal: “Fui duro com o Rafael porque queria o bem dele”

Toni Nadal, nos campos de ténis cobertos do Centro de Alto Rendimento do Jamor
Toni Nadal, nos campos de ténis cobertos do Centro de Alto Rendimento do Jamor
José Fernandes
Toni começou a treinar o seu sobrinho Rafael, como sempre o trata, quando este era um adolescente. No momento da separação, no final de 2017, a dupla havia conquistado 16 títulos do Grand Slam. Em Portugal para acompanhar o Vanguard Stars, um torneio de jovens, Toni - que hoje em dia faz parte da equipa técnica do canadiano Auger-Aliassime - senta-se no Centro de Alto Rendimento do Jamor para falar com a TribunaExpresso da única forma que consegue: com paixão

Pedro Barata

Jornalista

Costuma vir a Portugal?
Já tinha estado umas quantas vezes por aqui, conheço o Algarve, Comporta e Lisboa. Lisboa parece-me sempre uma cidade fantástica, então estou encantado de voltar a estar aqui.

Acha que torneios de jovens como este em que estamos são fundamentais para ajudar ao desenvolvimento do ténis em Portugal?
Este torneio parece-me especial, com uma organização muito boa. Este apoio ao ténis e às jovens promessas ajuda, certamente, ao desenvolvimento do ténis em Portugal e ajuda as crianças, que lembrar-se-ão destas experiências durante muitos anos.

Estamos num torneio de jovens e o Toni é diretor da Rafa Nadal Academy. A formação de atletas é, hoje, a sua principal área de interesse?
Sempre me interessou mais a formação do que trabalhar com adultos. Desfrutei mais de treinar o Rafa quando ele era uma criança do que quando ganhava Roland Garros. O que uma pessoa mais gosta é de se sentir útil e julgo que um treinador é mais útil na formação, porque ela é fundamental para ter um bom desenvolvimento posterior e foi isso que tentei fazer com o Rafael: criar uma base sólida para que ele pudesse explorar ao máximo as suas capacidades.

Fala muito de como a tecnologia e um certo conjunto de facilidades que as novas gerações têm na vida prática podem tirar-lhes capacidade de resistência.
Tudo o que facilita, debilita. No momento da formação, o que é bom para um profissional nem sempre é bom para um rapaz em formação. Eu tentei preparar o meu sobrinho para a dificuldade, tentando que as coisas não fossem demasiado fáceis para ele.

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