Exclusivo

Entrevistas Tribuna

Rúben Guerreiro: “O medo de cair é muito pouco, porque a minha dose de loucura é muita”

Rúben Guerreiro: “O medo de cair é muito pouco, porque a minha dose de loucura é muita”
Dario Belingheri/Getty

O português parte para o Tour 2022 depois de excelentes resultados na alta montanha nas últimas semanas, que o levam a "acreditar" que pode "disputar etapas e a geral com os melhores" quando o terreno da Volta a França empinar. Assumindo o "foco principal" em "tentar vencer" uma tirada e com a camisola da montanha a "poder tornar-se" um objetivo ao longo da corrida, Guerreiro apoia-se na sua "dose de loucura", que o ajuda a "fazer coisas impossíveis"

Rúben Guerreiro: “O medo de cair é muito pouco, porque a minha dose de loucura é muita”

Pedro Barata

Jornalista

Depois de um estágio em altitude na Serra da Estrela, zona com ares com os quais se "dá muito bem", Rúben Guerreiro, ciclista português da EF, esteve alguns dias com a família antes de partir para Copenhaga, onde começa a sua segunda participação no Tour. Ao telefone com a Tribuna Expresso depois de meses em que demonstrou — no UAE Tour, na Flèche Wallone, no Criterium du Dauphiné ou no Mont Ventoux — conseguir subir ao nível dos melhores, o "cowboy de Pegões" assume ir para a mais importante prova do ciclismo cheio de ambições.

Vives em Andorra, tal como muitos ciclistas. Pessoalmente, tomaste essa decisão porquê?
Porque é um sítio bastante montanhoso e que se enquadra perfeitamente nas nossas prioridades. O clima não é assim tão mau como parece, ainda que no inverno seja mais fresco. Tem boas condições para treino, se quisermos fazer montanha é o sítio perfeito. Além disso, a distância para competições em Espanha, França ou Itália é sempre pequena.

Tens lá já um grupo habitual de treino?
Gosto de treinar sozinho, mas quando apanho o João Almeida treino com ele e tenho muitos colegas de equipa por lá. Treino bastante com o [Esteban] Chaves, por exemplo. Mas treino muitas vezes sozinho.

Há alguma razão em especial para que gostes de treinar sozinho?
Há treinos mais específicos em que vou fazendo o meu trabalho, com séries de 15, 20 ou 30 minutos, que exigem muita concentração. É um treino que, se não fizermos, ninguém vai fazer por nós. Prefiro fazê-lo sozinho, sinceramente.

Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt