Sarai Bareman, diretora do futebol feminino da FIFA: “Se não recebermos o preço justo, não venderemos os direitos de transmissão do Mundial”

Jornalista
A viagem que o troféu do Mundial feminino está a fazer pelo globo teve em Portugal a última paragem europeia. No Jamor, a FIFA mostrou a taça que, de 20 de julho a 20 de agosto, será disputada por 32 seleções na Austrália e na Nova Zelândia, numa competição que terá a equipa nacional em estreia absoluta.
Sarai Bareman, natural da Nova Zelândia e ex-internacional por Samoa, é a primeira diretora do futebol feminino da história da FIFA, cargo que ocupa desde o final de 2016. Fala com paixão da função que exerce e da zona do planeta de onde vem, mas há sempre um tom altamente diplomático, extremamente cuidado e meticulosamente trabalhado no discurso de um alto cargo da entidade máxima do jogo.
Não fugindo à regra, Sarai vai abordando os temas seguindo o guião ditado em Zurique. Em questões mais controversas, como a venda dos direitos de transmissão em Espanha, França, Itália, Inglaterra e Alemanha ou a polémica em torno do possível patrocínio saudita ao Mundial, sorri e até cita Gianni Infantino, qual argumento de autoridade.
O râguebi foi a sua primeira modalidade. Como é que o futebol entrou na sua vida?
Bem, crescendo na Nova Zelândia, toda a gente quer ser all black. Tenho três irmãos e todos jogavam râguebi, pelo que eu também o fiz, durante vários anos. Mas, ali por volta dos 13 ou 14 anos, tinha um grupo de amigos e amigas que jogavam futebol. Naquela idade, é importante seguir os amigos, fazer o que é cool. Pediram-me que me juntasse e, a partir do momento em que joguei este jogo pela primeira vez, apaixonei-me completamente por ele, deu-me um sentido de pertença e alegria. A partir daí, foi o primeiro amor da minha vida.
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