Estamos em plena campanha eleitoral para as próximas legislativas de 10 de março. O que ainda não foi feito no desporto português que é urgente realizar?
Nas propostas que apresentámos aos diferentes partidos políticos sinalizamos três situações: reforma do modelo de financiamento público ao desporto, reforma do modelo de administração pública desportiva e a atualização do estatuto do dirigente desportivo benévolo. E depois um conjunto de medidas de caráter subsidiário que decorrem das propostas que ao longo dos últimos 10 anos temos apresentado ao Governo e à administração pública desportiva. São os pilares fundamentais que a futura governação deve dar atenção prioritária.
Teve algum acolhimento dessas propostas?
Um acolhimento do ponto de vista conceptual e doutrinário, mesmo com o
Governo, não posso dizer que ele tenha sido de todo negativo. Aquilo que considero é que nunca houve na governação com quem me relacionei nos últimos 10 anos músculo político para poder impor ao sistema desportivo reformas significativas que o moldem de uma forma distinta do modelo atual, que foi introduzido pela reforma do último Governo do PSD, por iniciativa do ministro Miguel Relvas e do secretário de Estado Alexandre Mestre, e que foi juntar a administração pública desportiva e a administração pública da Juventude num mesmo Instituto.
Concorda com esse modelo?
Não, discordo. E por isso propomos que essa seja uma medida central de qualquer política de governação.
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