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Amigo do improvável, Chaguinha tornou-se georgiano sem saber como e ganhou a Champions de futsal quando “nem o presidente acreditava”

Amigo do improvável, Chaguinha tornou-se georgiano sem saber como e ganhou a Champions de futsal quando “nem o presidente acreditava”
Matt Browne - Sportsfile

Antigo jogador do Benfica, Chaguinha tem saudades de um “gostoso” dérbi lisboeta. Deu tanto nas vistas nesses jogos que assume ter recebido uma proposta do Sporting para rumar ao rival. Não aconteceu e Espanha acabou por ser o destino. No Palma, venceu duas vezes consecutivas a Liga dos Campeões, a última das quais como melhor jogador do torneio. Ainda que a época não tenha terminado, já tem acordo fechado para continuar a carreira no Inter. “Foi tudo perfeito” na carreira do “pianinho que corre por toda a gente”

Chaguinha é pseudónimo futsalístico de Bruno Cavalcante. Significa “pessoa chata”. Na condição de praticante de uma modalidade eletrizante, que não dá tempo aos pés de ficarem escaldados no mesmo pedaço de quadra, o epíteto salvaguarda-se da aceção pejorativa. Esta temporada, Chaguinha tornou-se sinónimo de vencedor do MVP da Liga dos Campeões de futsal, competição que a equipa maiorquina do Palma venceu pelo segundo ano consecutivo, com o brasileiro no plantel em ambas as edições. “Foi a dedicação e entrega nesses dois jogos” que lhe valeu o prémio individual, diz o “pianinho que corre por toda a gente e que tenta ajudar todo o mundo” à Tribuna Expresso.

Nasceu no Brasil, mas é internacional pela Geórgia. Ou melhor, foi. Jogou um Europeu ao serviço da seleção até ser impedido de o continuar a fazer devido a irregularidades no processo flash de naturalização denunciadas pelas federações de Portugal e Finlândia, equipas que integraram o mesmo grupo da Geórgia na qualificação para o Mundial. “Sempre quis jogar uma competição de seleções, mas nunca fui convocado pela seleção brasileira. Quando tive a oportunidade de jogar pela seleção da Geórgia, não pensei duas vezes”, conta Chaguinha, que nunca representou qualquer clube georgiano. “Há uma regra, mas não sei bem como funciona... Podia ser naturalizado, disseram-me que havia uma forma”.

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