Hampus Wanne, o sueco que não estuda os guarda-redes, mas adora irritá-los: “Há 10 anos, ninguém pensava no andebol português”

Jornalista
O pé esquerdo a fazer a chamada o mais próximo possível da linha de sete metros, a mão direita pronta a arremessar um dardo redondo. Familiar situação para Hampus Wanne, invulgar desfecho. A bola acabou defendida por Gonzalo Pérez de Vargas, acabando por tocar na cara do guarda-redes espanhol. O árbitro já leva o cartão vermelho a meia haste para o exibir ao sueco. Pérez de Vargas interveio junto do carrasco e disse-lhe que o remate de Wanne não lhe tinha batido diretamente da cara, mas sim vinda de um ricochete no braço, cenário que poupava o adversário à expulsão numa fase em que os espanhóis até perdiam por seis golos.
Hampus Wanne percebeu de imediato que o colega de equipa no Barcelona “ia dizer algo”, porque “é um bom rapaz”. Para o entrevistado da Tribuna Expresso, “o andebol sempre foi isto”. “Queremos ganhar, mas não queremos ganhar com batota. Isso diz muito do andebol e da nossa cultura.”
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