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Viveu na Rússia, foi adotado por atletas e fez história no andebol português: Sergey Hernández, a última barreira antes dos ‘quartos’

Viveu na Rússia, foi adotado por atletas e fez história no andebol português: Sergey Hernández, a última barreira antes dos ‘quartos’
Beate Oma Dahle
Sergey Hernández foi um dos grandes responsáveis pelo maior feito do andebol português de clubes. Era o seu 1,98m que estava na baliza do Benfica quando os encarnados ganharam a Liga Europeia, em 2022. É essa mesma pantagruélica figura que Portugal terá que ultrapassar tantas vezes quantas for possível esta sexta-feira, contra a Espanha (14h30, RTP2), para se apurar para os quartos de final do Mundial de andebol. Por muito que os Hispanos estejam mais “habituados a lutar por medalhas nos maiores torneios”, o guarda-redes de 29 anos, que atualmente representa o Magdeburg, admite, em entrevista à Tribuna Expresso, que preferia evitar a seleção nacional “porque Portugal tem uma equipa muito boa”

Quando alguém ganha consciência de que existe, muito devido ao tempo que toma o ser humano até ser capaz de fazê-lo, leva a que o momento em que se nasce não seja exatamente o momento em que se acorda para a vida.

Para Sergey Hernández, o Big Bang aconteceu quando tinha três anos, altura em que se apercebeu da existência, sua e do mundo. Até essa fronteira biográfica, viveu na Rússia. “Não me lembro de nada. É complicado, era muito pequeno”, confessa. Nascido em Kropotkin, foi adotado por um casal espanhol composto por um saltador em altura, José Luis Hernández, e uma velocista olímpica, Goya Ferrer. Três meses depois já falava castelhano.

“Era uma criança muito ativa. Gostava muito de ver desporto, mas sobretudo de praticar. Era feliz, risonho, alegre, contente.” Partilha com a Tribuna Expresso uma enumeração das modalidades que praticou, mas admite pecar por escassa: futebol, ténis, beisebol, natação e “mais e mais”. “Para os meus pais era igual.”

Da pinhata de modalidades, agarrou no andebol. Nada melhor para quem se dedica ao jogo da batata quente em modo profissionalizado do que ir com os pais viver para a Dinamarca, onde o andebol “é o desporto rei”. Sergey deixou então Navarra para acompanhar o pai, contratado para ser preparador físico do Kolding.

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