António Areia pode orgulhar-se de ser protagonista na profunda transformação por que passou o andebol de Portugal. Quando o lisboeta fez 29 anos, em 2019, a história recente da seleção nacional era um deserto de ausências das grandes competições. Agora, em 2025, a equipa portuguesa tornou-se presença comum em Europeus e Mundiais, estreando-se também em Jogos Olímpicos.
Em 2025, Portugal disputa o terceiro Mundial consecutivo, o qual se junta aos três Europeus também disputados de forma seguida e aos Jogos de Tóquio. António Areia é, a par de Rui Silva, o único jogador que esteve nas sete fases finais desta geração, uma equipa que, diz o jogador do Tremblay, de França, tem feito um trabalho “revolucionário, de inovação”.
Superada a fase de grupos, com vitórias diante dos Estados Unidos, Brasil e Noruega, a main round foi uma prova inegável da qualidade portuguesa. Ao empate frente à Suécia seguiu-se um histórico triunfo contra a Espanha, antes de uma cómoda goleada imposta ao Chile. Segue-se a Alemanha, nos quartos de final (quarta-feira, 19h30, RTP2), onde tentar-se-á “mais uma vitória incrível”.
Sempre com o companheiro Quintana no pensamento, Areia lembra o passado, porque esta seleção transporta “o trabalho duro de muitas gerações que ficaram para trás”. O próximo passo da revolução é lutar por estar entre os quarto melhores de uma grande competição, algo que Portugal nunca logrou.
Já estão no Mundial há algum tempo. A mala que levaste começa a ficar escassa ou ainda dá para mais uns dias?
[Risos] Preparamo-nos sempre para ficar a maior quantidade de tempo possível. A partir do momento em que nos propusemos a ficar até aos quartos de final, fizemos contas às malas para ficar até aos quartos de final. Conseguimos o nosso objetivo, graças a Deus correu tudo bem.
Agora há espaço na mala para mais dias?
Há espaço para muitos mais dias, se for preciso. Quanto mais tempo ficarmos, melhor, quer dizer que continuamos a avançar. As saudades de casa já são muitas, mas estamos aqui por um bem maior.
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