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A Lorène Bazolo mais rápida de sempre surgiu depois dos 40: “Cada vez que digo que vou parar é quando saem as minhas melhores marcas”

A Lorène Bazolo mais rápida de sempre surgiu depois dos 40: “Cada vez que digo que vou parar é quando saem as minhas melhores marcas”
José Fonseca Fernandes

Lorène Bazolo só começou a correr a sério aos vinte e poucos, aí já não ligava muito à idade e hoje ainda menos. É a recordista nacional dos 100 e dos 200 metros, tendo fixado novas marcas para ambas as distâncias aos 42 anos. Vai competir nos Mundiais de atletismo este mês e, em entrevista à Tribuna Expresso, a velocista do Sporting desabafa que sente a atenção a ir muito para o tempo que já conta nesta vida: Só quando tenho resultados é que as pessoas olham para o meu Cartão de Cidadão e ficam: 'Oh, como é que ela conseguiu?'”

Nascida em Brazzaville, no Congo, Lorène Bazolo chegou a Portugal em 2013, com 30 anos, sem expectativas de viver do atletismo. Mas três anos depois já corria de verde e vermelho nos Jogos Olímpicos. Em 2025, com 42 anos, igualou os seus recordes nacionais dos 60 metros (7,17 s) e 100 metros (11,10 s) e bateu o dos 200 metros (22,61 s). Vinda de uma família ligada ao desporto (a mãe trabalhava no Ministério do Desporto e o pai era professor universitário na área), começou por praticar judo, e o atletismo só chegou à sua vida a sério aos 24 anos. Garante que a idade não a define, mas sim os objetivos que tem. Estará nos Mundiais de Tóquio, que arrancam a 13 de setembro. Já os Jogos de Los Angeles, em 2028, parecem-lhe um horizonte distante, mas há muito que deixou de pensar no momento da reforma.

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