É com alguma surpresa que a equipa eslovena consegue chegar aos oitavos de final do Euro 2024. Classificou-se com três pontos, fruto de três empates como Portugal em 2016, dois golos marcados e dois sofridos, num grupo onde era, à partida, favorita para ficar em último lugar.
A Eslovénia opera principalmente numa estrutura defensiva de 1-4–4–2. Eles não pressionam os centrais adversários na área, mas tentam fechar o centro do campo com as linhas muito compactas e sem espaços entre os jogadores do mesmo setor para convidar os adversários a jogarem por fora do seu bloco defensivo. Com os médios ala muito próximos dos médios centro, do ponto de vista físico as missões táticas defensivas dos laterais eslovenos são particularmente exigentes.
Isto é, quando os adversários fazem uma construção a três é um dos médios ala (normalmente Jan Mlakar, pela esquerda) a pressionar o central exterior direito do adversário, o que obriga o lateral esquerdo Erik Janza a avançar muitos metros para pressionar o lateral adversário. É uma tarefa que Janza cumpre bem, com uma boa noção dos tempos de saída para pressionar e uma boa interpretação entre o momento de tentar o desarme ou de contenção. Nessa altura, a estrutura defensiva eslovena se transforma para uma espécie de 1-3-4-3, com o lateral direito Zan Karnicnik a juntar-se aos dois defesas centrais – Vanja Drkusic e Jaka Bijol.
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