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UEFA Euro 2024

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
FRANCK FIFE

Os quartos de final do Euro trouxeram a exibição mais convincente de Portugal na competição, num jogo equilibrado, intenso e muito competitivo frente à França. Mais uma vez houve nulo após 120 minutos e nos penáltis o remate de João Félix foi teimosamente ao ferro, mas o jogo podia perfeitamente ter pendido para o lado português. Porque só apareceu este Portugal agora é a questão para a auto-avaliação deste Euro

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou

Lídia Paralta Gomes, enviada especial ao Euro 2024

Jornalista

Parece quase paradoxal que a eliminação de Portugal deste Euro 2024 tenha chegado no jogo em que verdadeiramente se agigantou. No jogo em que olhou para a França como uma igual. O poste travou o penálti de João Félix no desempate final, mas pela primeira vez neste Campeonato da Europa viu-se a equipa que chegou à Alemanha como uma das favoritas.

O jogo, esse, apesar do nulo ao final dos 120 minutos, foi rico e emocionante, extremamente competitivo, com oportunidades para os dois lados, períodos repartidos de élan, equilibrado como um Portugal-França tem de ser hoje, tal o talento que pulula dos dois lados. Talento igual, sem complexos de inferioridade. Se os penáltis tivessem caído para Portugal, não seria escândalo nenhum e a seleção deixa o Euro com um sabor agridoce: depois desta exibição em Hamburgo, o que poderia ter sido lá mais para a frente?

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
Mateusz Slodkowski
Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
Mateusz Slodkowski
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Os primeiros minutos, em que Portugal mal viu a bola, não seriam um retrato fiel da 1.ª parte, repartida, equilibrada, praticamente sem balizas, com duas equipas a tentarem apalpar terreno sem se exporem demasiado. Kolo Muani ainda ensaiou uma espécie de pressão alta numa das primeiras posses da seleção nacional, mas foi fogo de vista - a França, a certo ponto, não parecia particularmente preocupada com uma certa superioridade enquanto dono da bola que Portugal ia conseguindo, até porque se organizava bem sem ela.

À direita, João Cancelo ia travando Mbappé, enquanto na lateral oposta surgiam alguns momentos mais fantasiosos, graças à ligação Nuno Mendes e Rafael Leão, com autorização para trotar terreno acima. O primeiro remate do jogo surgiu apenas aos 15’, por Bruno Fernandes, que deu canto, e Hernández fez aos 20’ o que seria o único remate enquadrado da 1.ª parte - Diogo Costa muito atento. Por essa altura já o jogo estava bem dividido.

Mbappé não desequilibrava, Ronaldo nada podia contra Saliba, a calma em pessoa. Aliás, devem-se contar com poucos dedos as vezes que Cristiano tocou na bola na 1.ª parte (e na 2.ª o cenário não mudou muito). Na área portuguesa, um roubo providencial de Pepe a Kolo Muani lembrou-nos que dentro daqueles 41 anos ainda há um sentido posicional admirável e Palhinha foi afastando outras bolas de potencial perigo.

Já perto do intervalo, uma novidade: num livre direto, foi Bruno Fernandes a rematar e não Ronaldo. O resultado, no entanto, não seria muito diferente. Mas apesar da falta de balizas, do risco controlado de ambas as equipas, o jogo estava taticamente curioso, tecnicamente interessante.

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
JAVIER SORIANO
Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
JAVIER SORIANO
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Após o intervalo o jogo voltou mais espicaçado, com um frenesim - um calmo frenesim, ainda assim - que não tinha tido nos primeiros 45 minutos. França mais afoita e com dois lances de relativo perigo, um remate de Mbappé após combinação à entrada da área com Kolo Muani e depois um cruzamento tenso de Koundé que não encontrou destinatário. Portugal tentava com transições, nem sempre bem sucedidas. Nuno Mendes, depois de ultrapassar em velocidade um rival, preferiu a simulação (de novo) na área - por sorte, o amarelo ficou no bolso de Michael Oliver.

Aos 59’, Leão, sempre Leão, causou um dos maiores calafrios à defesa gaulesa, assumindo o caminho até à baliza desde a esquerda, com Maignan a defender para canto. Era o prelúdio um período de superioridade de Portugal no jogo. Dois minutos depois, uma combinação entre Cancelo e Bruno Fernandes deixou o médio do Manchester United em boa posição para marcar. Maignan defendeu de novo e na continuação João Cancelo atirou por cima. Pouco depois, Leão viu a entrada de Vitinha área adentro, mas Maignan voltou a ser gigante.

O jogo estava, finalmente, em fogo, depois de uma 1.ª parte algo expectante das duas equipas. Rubén Dias salvaria do outro lado Portugal, com um corte providencial a um remate de um isolado Kolo Muani - às vezes Dibu Martínez também pode reencarnar num central - e Camavinga ficou a centímetros, após passe de Dembelé, que entrou bem para a vez de um apagado Griezmann.

A 15 minutos dos 90’, Martínez refrescou o lado direito, com Conceição e Nelson Semedo a irem a jogo, saíndo Cancelo e Bruno Fernandes. Bernardo Silva pisou, então, terrenos mais centrais. O jogo estava, então, mais parado, depois daquela meia hora de faca na boca. A castigar um dos únicos momentos em que Saliba foi ultrapassado, Ronaldo marcou mais um livre lateral que deveria absolutamente ter sido um cruzamento para a área e o duelo ia caminhando para um prolongamento que parecia anunciado. Bernardo Silva ainda teve hipóteses para um remate na área francesa e do outro lado Pepe festejou mais um corte importante, agora ao fisicamente imponente Marcus Thuram, como se fosse um golo. E tantas vezes não é quase um golo?

Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
PATRICIA DE MELO MOREIRA
Quando Portugal olhou o gigante nos olhos, só um poste o travou
PATRICIA DE MELO MOREIRA
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O prolongamento, o segundo consecutivo para Portugal, começou com uma incursão heróica de Francisco Conceição pela direita, oferecendo de bandeja o golo a Cristiano Ronaldo, que rematou muito por cima. Uma oportunidade flagrante que o capitão, em outros tempos, não perdoaria.

Dembelé era o carregador de piano de França, a avançar pelo terreno. Aos 97’ podia ter rematado, mas optou pelo passe para Mbappé, que atirou para corte da defesa portuguesa. Pouco depois, um tiro de Leão na área deu a nítida sensação de ir à baliza, pelo menos para quem estava no Volksparkstadion, mas o remate foi travado por Upamecano. Havia mais Portugal que França por esta altura.

Mbappé, a jogar em visível sofrimento depois de uma bola na cara na 2.ª parte, saiu no intervalo do prolongamento, altura em que Martínez lançou João Félix, que ia marcando logo de cabeça, após cruzamento para o segundo poste de Chico Conceição. Barcola, substituto de Mbappé, vendo as portas fechadas de outra maneira - grande jogo defensivo de Portugal - tentou a jogada individual já o jogo piscava os olhos aos penáltis. O remate foi à malha lateral. E já com o relógio a bater nos 120', um ataque rápido e combinação entre Bernardo e Nuno Mendes podia ter causado muito mais perigo se o lateral do PSG tivesse rematado com o pé esquerdo.

Nos penáltis, os franceses chegaram com a lição estudada, perante o muro chamado Diogo Costa. O poste travou o remate de João Félix e uma viagem até às meias-finais que Portugal, ao contrário de outros jogos, fez por merecer. O pós-Europeu terá, ainda assim, de ser de reflexão, de tentar perceber que passo falta para sair desta competições mais tarde, se possível com a taça. Olhar para o futuro pode ser um bom início.

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Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: lpgomes@expresso.impresa.pt

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