Em 2011, a Espanha atravessava uma era dourada. A seleção, campeã europeia e mundial, voltaria a subir ao trono na final de Kiev, alcançando um feito único. Aquela geração, espalhada maioritariamente por Barcelona e Real Madrid, proporcionou a rivalidade que todos aqueles que puderam ver não esquecem. O antagonismo entre Guardiola e Mourinho, mas também entre Messi e Cristiano Ronaldo, aumentou a efervescência para níveis irrepetíveis. Na Liga dos Campeões, o tiki-taka catalão assinava uma obra poética no relvado de Wembley. Desde então, o futebol nunca mais foi o mesmo e muitos tentaram ir atrás do pensamento e do tipo de jogador que ali vingou.
Esses foram tempos dramáticos para a seleção de Inglaterra. Em 2008, nem sequer conseguiu apurar-se para o Europeu. Entrávamos nos últimos anos da carreira de Terry, Ashley Cole, Gerrard e Lampard, todos titulares na goleada sofrida perante a Alemanha, no Mundial da África do Sul. Nem essa geração fortíssima, treinada por homens como Sven-Göran Eriksson ou Fabio Capello, permitiu chegar ao primeiro troféu desde 1966. Concluiu-se que era urgente repensar a filosofia de futebol do país. Foi o que aconteceu, no tal ano de 2011, com o aval da FA e da Premier League, que formalizaram um projeto com mais de 100 páginas. Chamou-se Elite Player Performance Plan, assumindo o objetivo de transformar as academias e a formação de jogadores.
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