Euro 2020

Fernando Santos: "Ao intervalo disse aos jogadores que era preciso manter a cabeça e o coração a funcionar e aumentar o ritmo"

Fernando Santos: "Ao intervalo disse aos jogadores que era preciso manter a cabeça e o coração a funcionar e aumentar o ritmo"
HUGO DELGADO/LUSA

Selecionador português considera a vitória da seleção nacional "justíssima" e que a 1.ª parte frente à Hungria foi "muito bem conseguida: "O golo era fundamental e na 1.ª parte foi o que faltou

Tribuna Expresso

Bom jogo

“Eu acho que Portugal fez um bom jogo, vitória justa, justíssima. Uma 1.ª parte muito bem conseguida, em posse, a procurar variação, entrar. Podíamos ter aproveitado mais a profundidade, que tentámos. Controlámos o jogo. Muito por responsabilidade de Portugal a Hungria não conseguiu jogar subida. Acabou a defender nos últimos 30 metros. Portugal recuperou bem a bola e criámos quatro, cinco oportunidades de golo. O golo era fundamental. Na 1.ª parte foi o que faltou”

Intervalo e 2.ª parte

“Disse aos jogadores que era preciso manter a cabeça e o coração a funcionar e aumentar o ritmo. Na 2.ª parte houve um período de alguma ansiedade, porque o tempo estava a avançar. Quando é assim a ansiedade entra e eles conseguiram alguns contra-ataques. A equipa serenou voltou a ter bola, fizemos algumas alterações para manter o ritmo vivo. Puxámos o Cristiano um pouco mais para a esquerda para libertar o Raphael. Umas vezes as coisas saem bem, outras nem tanto. Aqueles que entraram, entraram todos muito bem. São três pontos e temos de pensar agora no jogo com a Alemanha”

Entrada de Rafa

“Nessa altura pareceu-me que Portugal precisava de velocidade e capacidade de entrar de trás e envolvência com a bola e não muita gente na frente. Precisávamos de imaginação e verticalidade, foi isso que pedi ao Rafa. O Bernardo estava a fazer muito bem, mas mais em posse. Precisávamos de mais entrada com bola”

Substituições tardias

“A equipa estava a jogar bem, a controlar, a dominar o adversário. A partir do momento em que a equipa começou a entrar em ansiedade era a altura certa para mudar, meter outros movimentos no jogo. Com o Rafa as coisas abriram mais. Depois pareceu-me importante dar espaço ao Raphael, por isso tirei o Jota e meti o Ronaldo um pouco mais à esquerda. E coloquei o Renato no meio-campo para conduzir a bola, era importante conduzir mais vertical”

Público nas bancadas

“Foi muito bom, muito bom. O futebol sem espectadores, eu nem sei explicar. Quem joga a este nível quer jogar com público, sejamos nós ou o adversário. Não posso deixar de agradecer aos 4 mil de Portugal que eu bem que os ouvi. Havia muitos portugueses e dos bons, já no outro campeonato na Europa era assim, éramos poucos mas bons”

Alemanha

“Portugal está preparado para qualquer adversário, sabendo das dificuldades que cada jogo encerra, a Hungria com o factor público seria um adversário a ter em conta e que a Alemanha é um adversário fortíssimo, de enorme qualidade, treinador de excelência. Obviamente que encaramos esse jogo com um grau enorme de dificuldade e imagino que o meu colega Joachim [Low] pensa o mesmo. São duas equipas com capacidade, qualidade, que não se vão respeitar no sentido de que não vão ter medo, mas que obviamente se respeitam uma à outra”

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