Pedro Boucherie Mendes fala de um torneio sem manhas, simulações, antijogo, casos, estrelas, jogadores maldosos, e se isso é excelente porque não deixam de ser impurezas, também torna este num Euro asséptico. A vida está mais difícil para quem quer ser craque
Numa conversa recente com um jogador de futebol (no ativo) ouvi que há técnicos adjuntos que nem de futebol gostam. São cientistas da bola, obcecados com aperfeiçoamento sucessivo de movimentos de rotação no meio campo (por exemplo). Se recebes a bola nesta posição especifica, consegues rodar mais depressa e ser mais eficaz na saída para ataque. O que pode parecer chocante é apenas sintoma da tremenda evolução científica de uma atividade que é uma indústria, assente num jogo de imensa popularidade.
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