À primeira vez que João Janeiro o menciona fala de “um gajo porreiro, mas carrancudo”, até a vírgula e a conjunção adversativa saem-lhe reforçadas no timbre da voz, na própria entoação com que liberta essa parte da frase. O ‘mas’ sugere oposição, indicia coisas que não se abotoam quando, realmente, são apenas traços, duas costelas de feitio do homem que “conhece bem” e a quem a carranca também é só isso, uma cara, pode aparentar mau humor, mas, e aqui é um ‘mas’ verdadeiro, somente tem a agradecer ao selecionador nacional.
João é treinador, vai para a quarta época a sê-lo na Hungria e, se 2020/21 será a primeira em que tomará conta de uma equipa na principal divisão do país, é porque Fernando Santos pegou numa caneta e deu o seu aval ao único técnico português que trabalha no país. “Foi ele a assinar as cartas para tirar o último nível”, diz, com a gratidão a conduzir-lhe o discurso. “Assumiu a responsabilidade de me assinar as cartas de recomendação, porque tens de ter mentores para entrares nos cursos mais altos da UEFA”, esmiúça, centrando no selecionador a conversa que o colheu como tema quase que por acaso.
Para ler o artigo na íntegra clique AQUI
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: dpombo@expresso.impresa.pt